Por Arthur Barbalho
A pandemia do novo coronavírus mudou completamente a maneira como as pessoas se relacionam. O cenário atual ampliou a necessidade de produção de informação de qualidade, e de maneira cada vez mais ágil, uma vez que é uma doença nova, que gera muitas dúvidas para a população.
Você já deve ter visto em vários lugares os termos “coronavírus” e Covid-19? Mas afinal: qual é a diferença entre eles? Este texto vai tentar te ajudar a entender isto. Se liga!
Coronavírus
O termo coronavírus engloba uma “família” de vírus conhecida pela ciência desde meados dos anos 1960. Em geral, se apresentam que causam doenças respiratórias leves, sendo as crianças pequenas mais propensas a serem infectadas. Porém, há tipos de coronavírus que causam síndromes respiratórias graves, sendo que três delas se destacaram nos últimos 18 anos: a SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome), a partir de 2002 sobretudo na Ásia, Europa e América do Norte; a MERS (Middle East Respiratory Syndrome), a partir de 2012, com casos na região do Oriente Médio; e desde o início de 2020, o SARS-CoV-2, que é este que tem nos obrigado a ficar em casa nos últimos dias e que atinge todo o mundo. Assim, por já existirem outros “coronavírus”, o atual vem sendo chamado de “novo coronavírus”.
Covid-19
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é o nome oficial da doença causada pelo novo coronavírus, tendo como principais sintomas tosse, febre e dificuldade para respirar. O termo “Covid” é uma abreviação de “Corona Virus Disease” (Corona Vírus Doença, em português). Já o “19” que completa o nome da doença refere-se ao ano na qual ela foi identificada pela primeira vez. Assim, para você que lê este texto não errar mais, o jeito correto de falar é “a Covid-19”, que o termo refere-se a doença.
Mas afinal, qual a diferença da Covid-19 para doenças causadas por outros tipos de coronavírus?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são sete os tipos de coronavírus que causam doenças nos seres humanos. Destes, três deles causam infecções respiratórias graves; SARS, MERS, e SARS-CoV-19 (ou novo coronavírus). Ambos têm como característica serem zoonoses, ou seja, surgiram primeiro em animais e depois foram transmitidos para pessoas.
No caso da Covid-19, descoberta em 2019 na região de Wuhan, na China, a transmissão se dá através do contato com secreções contaminadas, como gotículas expelidas por uma pessoa com tosse, por exemplo. A Covid-19 é uma doença de rápido contágio, chegando a todos os continentes em pouco menos de três meses. Ainda não existe nenhum medicamento ou vacina com eficácia comprovada para o enfrentamento da doença. Até esta sexta-feira (26), foram 526 mil casos e todo mundo, com mais de 23 mil mortes.
A MERS, por sua vez, teve os primeiros casos registrados entre abril e setembro de 2012 na Jordânia e na Arábia Saudita. A OMS aponta cerca de 2.500 casos de infecção da MERS em 2018, sendo 80% deles na Arábia Saudita. O maior surto fora da Península Arábica aconteceu em meados de 2015, na Coreia do Sul.
Já a SARS foi diagnosticada pela primeira vez na província de Guangdong, na China, em 2002. No total, cerca 100 mil pessoas foram infectadas, com um total de 3.411 mortes. Porém, desde 2004 não relatos de novos casos da doença.
A Covid é uma gripe?
Não. O vírus responsável pela gripe é o Influenza. Ele pode ser dos tipos A e B. Recentemente, o mundo enfrentou um surto de gripe do A-H1N1, o qual já conta com uma vacina para tratamento. No Brasil, a campanha começou na última segunda-feira (23), primeiro com a vacinação de idosos a partir dos 60 anos. A segunda etapa acontece a partir de 16 de abril, e a última fase em 9 de maio.
Fontes: OMS e Ministério da Saúde
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
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