Por Bruno Cássio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN

“Efetivamente, eu acredito que, de tudo que eu conheço, esse é o Laboratório que tem a maior capacidade de formar engenheiros que tenham conhecimento de usar recursos tecnológicos para fazer sistemas melhores”, a declaração é sobre o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e foi dada pelo presidente do HL7 (Health Level Seven) Brasil, Guilherme Zwicker, durante a programação do Seminário “Interoperabilidade na Saúde Digital”, realizado na manhã desta quinta-feira (09), no auditório da Secretaria de Educação a Distância (SEDIS/UFRN).

O Instituto HL7 Brasil é uma Organização Desenvolvedora de Padrões (SDOs), internacional, voluntária e sem fins lucrativos, que opera na área de Sistemas de Informação em Saúde e está presente em 50 países do mundo. Além de Zwicker, Neusa Andrade, diretora e pesquisadora líder do Laboratório de Interoperabilidade em Saúde do HL7 Brasil, veio até Natal, Rio Grande do Norte, para ministrar palestra no evento. Em suas falas, eles destacaram que a interoperabilidade de sistemas voltados para a saúde deve ter o cidadão comum como o centro das atenções.

Lucas Calabrez atua com Interoperabilidade em Saúde no Departamento de Informação para o Sistema Único de Saúde (DATASUS/MS) e participou de maneira remota do seminário. Ele destacou a contribuição do LAIS/UFRN para o aperfeiçoamento da RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde) durante a pandemia da covid-19, principalmente, com modelos informacionais sobre imunizantes. Na parte da tarde, os representantes do HL7 Brasil realizaram uma visita técnica ao LAIS/UFRN para discutir e amadurecer possíveis parcerias.

Na rota dos visitantes, as bases de pesquisa do Laboratório e produtos que já estão disponíveis aos usuários do SUS, como o Registro Nacional para os pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e o Salus 2.0, que realiza o monitoramento de casos de sífilis, e outros, em estágio bem avançado de pesquisa, prototipagem e patenteamento, como o ventilador mecânico bivalente, a caneta à plasma e o dispositivo capaz de realizar testes simultâneos para ajudar no diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis (sífilis e HIV).

Ao final do encontro, Neusa Andrade, enfatizou que o perfil transdisciplinar do LAIS/UFRN despertou sua atenção: “a gente consegue, juntando a academia com o profissionalismo, produzir novos sistemas, novos negócios, a baixo custo, e atrair a indústria para nos apoiar nessas pesquisas”. De acordo com o presidente do HL7 Brasil, falar sobre interoperabilidade em saúde envolve uma habilidade negocial peculiar, pois, muitas vezes, é preciso colocar concorrentes para conversar. “Uma oportunidade que venha, legitimamente, de uma Universidade, com o espírito de extensão, como o LAIS/UFRN é excepcional para nossa parceria”, concluiu Guilherme Zwicker.

Ricardo Valentim, diretor executivo do LAIS/UFRN, agradeceu a presença dos representantes do HL7 Brasil em solo potiguar e fez questão de destacar que o Laboratório está de portas abertas para novas iniciativas em Saúde Digital. Ainda segundo Valentim, “a interoperabilidade sempre fez parte do DNA do LAIS”.