Por Valéria Credidio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN (ASCOM/LAIS)
A Economia da Saúde foi novamente tema do Seminário Internacional Brasil-Portugal, promovido pela Universidade Aberta de Portugal, em Lisboa. Pesquisadores da instituição portuguesa, do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e Ministério da Saúde do Brasil contextualizam os presentes sobre o sistema de saúde dos dois países e o impacto deste na economia mundial.
Para iniciar o debate, a pesquisadora portuguesa, Cláudia Veloso, falou sobre o Sistema Nacional de Saúde de Portugal e seus principais desafios. Para a pesquisadora, dois pontos precisam da atenção das autoridades: o envelhecimento da população e o uso das tecnologias. “O crescimento da despesa tanto na saúde pública quanto privada é uma realidade na maioria dos países da União Europeia, impulsionado pelo envelhecimento da população e pelas inovações tecnológicas”, argumentou Veloso.
Com este cenário, uma alternativa, de acordo com a pesquisadora da Uab, seria o internamento domiciliar, com o tratamento sendo realizado sem o deslocamento e a internação do paciente em hospitais e clínicas.
Rede Ecos
Apesar das diferenças dimensionais entre os dois países, Érika Aragão, diretora do Departamento de Economia e Desenvolvimento em Saúde, do Ministério da Saúde, apresentou, aos presentes, a Rede de Economia e Desenvolvimento em Saúde (ECOS). A rede prevê a cooperação técnica para a implementação de políticas públicas em Economia da Saúde, a produção e disseminação da informação e o fomento à formação de técnicos e gestores do SUS. A Rede Ecos é gerida pela Coordenação de Ações Estruturantes em Economia da Saúde da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, do Ministério da Saúde (Caesa/Sectics/MS). “A nossa ideia é expandir a Rede ECOS, abrangendo os países de língua portuguesa”, enfatizou.
Reforçando a importância das cooperações internacionais e da construção de redes, o professor Ricardo Valentim, diretor executivo do LAIS, ressaltou a importância do projeto Economia da Saúde, desenvolvido pelo Laboratório, Ministério da Saúde e Universidade de Brasília (UnB). O projeto, entre outras metas, prevê uma transformação de paradigma, observando a relação custo-efetividade dos investimentos em saúde e o retorno social e econômico para o Sistema Único de Saúde (SUS).