Representantes de movimentos sociais, de organizações não governamentais (ONGs), de órgãos de estado e de município participaram nesta segunda-feira (29) em Natal de uma reunião com pesquisadores do Projeto de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção, o “Sífilis Não”. O objetivo do encontro foi a discussão de ações de prevenção e enfrentamento da doença junto à população em situação de rua.

O encontro serviu para esclarecer aos presentes sobre como se dá o trabalho nos quatro eixos de atuação do projeto: cuidado integral, educomunicação, vigilância em saúde e gestão e governança. Na ocasião, os convidados destacaram a necessidade de se estabelecer estratégias de prevenção e comunicação que dialoguem com as pessoas nesta situação. De acordo com Vanilson Torres, do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), a aproximação entre a universidade, os órgãos de governo e sociedade civil, através das instituições que fazem trabalhos voltados para o público em questão, é o caminho para as ações tenham a efetividade que se espera. “É urgente a necessidade que pessoas em situação de rua têm em projetos como este, porque há uma dificuldade do acesso deste público aos serviços de saúde”, destacou.

A pesquisadora do LAIS e do projeto Sífilis Não, Jordana Paiva, falou sobre o planejamento das próximas ações de comunicação no âmbito no projeto, com destaque para as que serão adotadas para com pessoas em situação de rua. “Esta é uma das populações chave, então para definir estratégias de como fazer uma comunicação mais direcionada para este público, foi muito importante o encontro de hoje, uma vez que pudemos identificar as particularidades que ele tem”, afirmou ela.

Sífilis Não

O Projeto de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção, também chamado “Sífilis Não”, é uma iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) através do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), e conta com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). As ações são desenvolvidas em conjunto com Secretarias de Saúde de estados e municípios, além dos Conselhos de Saúde a nível nacional, estadual e municipal.