Por Bruno Cássio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN (ASCOM/LAIS)

O auditório do Complexo Tecnológico de Engenharia (CTEC/UFRN) foi palco para uma noite de celebração e de muitas emoções. É que o curso de Engenharia Biomédica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) completou 15 anos de contribuição com a saúde pública, com a inovação, com o ensino, a pesquisa e a extensão. Para comemorar, o Departamento de Engenharia Biomédica da UFRN, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação em Saúde (PPgGIS/UFRN) e com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), realizou nesta terça-feira (10), um evento acadêmico-científico internacional que contou com uma palestra e uma mesa de debates.

Na programação, o professor e pesquisador Jorge Henriques, do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), abordou a temática “Engenharia Biomédica: perspectivas em Saúde Digital”. Com experiência em metodologias de inteligência computacional com aplicação à análise de biossinais, diagnóstico, previsão e decisão, em particular, no contexto clínico, o especialista português falou sobre alguns de seus principais estudos nessas áreas e direcionou os estudantes do curso para enxergar novas possibilidades relacionadas a pesquisas que possam contribuir com alertas preventivos para problemas graves de saúde, como o infarto.

Em seguida, foi promovido um Café com Ideias, uma mesa redonda que debateu a “Engenharia Biomédica: a profissão do presente”. Coordenada pelo diretor executivo do LAIS/UFRN e professor do curso, Ricardo Valentim, a discussão contou com a participação dos professores Jorge Henriques (CISUC), Ângelo Roncalli, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFRN e um dos que integraram o processo de implantação do curso, e o professor Ernano Arrais, coordenador do Curso de Engenharia Biomédica da Universidade. Os debatedores destacaram que o curso é um dos mais promissores, quando o assunto é empregabilidade.

Áreas como manutenção de equipamentos biomédicos, desenvolvimento de softwares e equipamentos eletrônicos para a otimização do trabalho de profissionais da saúde, além da gestão de compras de equipamentos médicos, estão em ascensão no mercado profissional.  A acadêmica Karen Letícia Dantas está no 8º período, faz parte do grupo de 190 alunos matriculados no curso de Engenharia Biomédica da UFRN e, após participar do evento comemorativo, ela fez uma projeção para o seu futuro profissional: “minha perspectiva é trabalhar na área de engenharia clínica, na parte de gerenciamento de equipamentos biomédicos e na parte de gestão”.

Contribuir com a aproximação dos estudantes com o mercado de trabalho e com a participação em projetos de pesquisa foi um dos principais objetivos dessa iniciativa. De acordo com a chefe do Departamento de Engenharia Biomédica (DEB/UFRN), Karilany Coutinho, “esse é um curso com muita produção científica, registros de softwares, patentes e mais de 1 milhão de extensionistas, isso tudo produto fruto do Departamento”. Os extensionistas, citados pela professora, são alunos matriculados nos cursos do Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS (AVASUS), do qual o LAIS/UFRN é um dos desenvolvedores. Professores do DEB/UFRN atuam como conteudistas em diversos módulos educacionais disponíveis.

“Boa parte dos professores faz parte da equipe do LAIS, eu sou uma delas, e sinto muito orgulho por isso. O fato de o LAIS estar conosco contribui, significativamente, para esses números”, finalizou Karilany Coutinho.