Estimativas da Organização Mundial da Saúde apontam que 466 milhões de pessoas tem algum tipo de deficiência auditiva. Destes, 34 milhões estão na faixa-etária de 0 a 15 anos. Mesmo com número tão alarmantes, cerca de 60% destas deficiências auditivas seriam possíveis de prevenção havendo o diagnóstico no tempo adequado.
Para propor as melhores práticas da saúde auditiva de crianças em idade escolar, há o grupo de trabalho de trabalho Coalition for Global Hearing Health, coordenado pela professora da Universidade de Illinois, Estados Unidos, King Chung, que, na última semana, convidou a pesquisadora do LAIS/UFRN, professora Sheila Andreoli Balen, para integrar o grupo.
O objetivo deste órgão sem fins lucrativos é melhorar a saúde auditiva e a vida de pessoas surdas ou com deficiência auditiva, especialmente aquelas em comunidades de baixa e média renda, por meio da defesa de políticas públicas apropriadas e relevantes em todo o mundo, da definição de boas práticas e disseminação de recursos, bem como na educação e capacitação de profissionais, familiares e membros da comunidade. O órgão atual, diretamente, em parceria com diferentes ações e atividades da Organização Mundial de Saúde.
A qualidade da audição e a acessibilidade auditiva no contexto escolar podem determinar bons processos de aprendizagem ou gerar dificuldades neste processo, estando por trás de dificuldades escolares, reprovações e evasão escolar.
O Brasil desde 2007 tem uma Política Interministerial envolvendo Ministério da Saúde e da Educação no Programa Saúde do Escolar (PSE) e uma das metas deste programa refere-se a saúde auditiva do escolar que visa realizar ações de promoção da saúde auditiva e identificação de educandos com possíveis sinais de alteração