Por Gabriel Mascena – Assessoria de Comunicação do LAIS (ASCOM/LAIS)
A promoção da saúde através da inovação e da ciência humanizada é um dos principais objetivos do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN). Esse foi um dos temas abordados no terceiro dia do “II Seminário Internacional de Pesquisa 2023: uso da Inteligência Artificial na análise de riscos e no diagnóstico de doenças”, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (16), no auditório da Secretaria de Educação a Distância (SEDIS/UFRN). O conjunto de informações para bons prognósticos, os novos caminhos do dispositivo OSSEUS e os desafios que traçam a saúde digital por meio das inteligências artificiais também finalizaram o último dia da solenidade, que reuniu profissionais da saúde, pesquisadores e representantes do Centro de Informática e Sistemas (CISUC), da Universidade de Coimbra, em Portugal.
O ciclo de palestras iniciou com a apresentação “Prognóstico do risco cardíaco”, ministrada por Jorge Henriques, professor no Departamento de Engenharia Informática da Universidade de Coimbra e integrante do CISUC. Em sua fala, o professor apresentou métodos voltados a um bom prognóstico, que é uma previsão de possíveis consequências que determinada doença pode causar ao paciente. Dentre as técnicas, que sucederam os métodos apresentados pelos professores Paulo Gil e César Teixeira no primeiro e segundo dia do evento, Jorge destacou a Inferência Bayesiana, importante metodologia para a fusão de dados a partir de probabilidades estatísticas. “Meus colegas falaram sobre o diagnóstico tendo como base apenas um sinal. O que eu avaliei foi como podemos combinar diferentes fontes de informação que possam se fundir e técnicas que estão por trás disso”, explicou.
Posteriormente, o projeto OSSEUS, iniciativa desenvolvida no LAIS/UFRN, foi destaque nas três apresentações seguintes. Antônio Luiz, professor do Programa de Pós-Graduação de Engenharia Elétrica e de Computação (PPgEEC/UFRN), abordou os desafios encontrados no desenvolvimento do projeto, com ênfase nos problemas e soluções relacionados aos componentes essenciais para a medição da radiofrequência emitida para o exame, além das melhorias alcançadas nas novas versões. No âmbito da telessaúde, o pesquisador do Núcleo Avançado de Inovação Tecnológica (NAVI/IFRN) e do LAIS/UFRN, Higor Morais, ministrou a palestra “Telediagnóstico aplicado à osteoporose”, em que falou sobre o fortalecimento das práticas em telessaúde, além das vantagens e serviços de saúde presentes na modalidade do telediagnóstico, com ênfase no exame de densitometria óssea, que está diretamente relacionado ao OSSEUS.
Agnaldo Souza, pesquisador do LAIS/UFRN, traçou em sua palestra “Teste rápido para osteoporose – OSSEUS: onde estamos e para onde estamos indo”, um breve histórico sobre a evolução das diferentes versões e protótipos do projeto, além de expectativas para o futuro. “Nós temos a intenção agora de fazer com que o projeto seja disponibilizado para a população de forma geral em parceria com uma indústria que estamos buscando, para que ele possa ser adequado para a produção e assim passe a ser disponibilizado de forma geral para a população”, explicou.
Encerrando o evento, o diretor executivo do LAIS/UFRN, Ricardo Valentim, ministrou a palestra “Saúde Digital e a Inteligência Artificial: um olhar para a regulação no SUS”, onde destacou a pandemia como o período que colocou a sociedade no lugar da prática da telessaúde e trouxe a saúde digital enquanto um tema para a agenda global. Ricardo falou sobre os recursos tecnológicos e as inteligências presentes no Osseus enquanto agentes de regulação e equidade do sistema público de saúde para a diminuição de desigualdades sociais. Em sua fala, o diretor ainda explicou que a inteligência artificial está diretamente relacionada e dependente da inteligência humana, destacando a importância de um olhar científico que traga uma visão mais humanizada da inteligência artificial, capaz de apoiar as políticas públicas de saúde no Brasil. “A inteligência artificial não vem para substituir os seres humanos. Ela deve vir para melhorar a qualidade de vida dos seres humanos e, na saúde digital, fazer o que projetos como o Osseus querem fazer, que é permitir que aqueles que não podem ter acesso a saúde, tenham”, finalizou.
Sobre o Seminário
O II Seminário Internacional de Pesquisa 2023 é um evento promovido pelo Núcleo Avançado de Inovação Tecnológica (NAVI/IFRN), em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), e conta com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação em Saúde (PPgGIS/UFRN).
Além dos pesquisadores brasileiros, o seminário teve como palestrantes os professores Paulo Gil, Cesar Teixeira e Jorge Henriques, representantes do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), em Portugal. As palestras foram gravadas em íntegra e podem ser acessadas em nosso canal no YouTube.