Por Gabriel Mascena – Assessoria de Comunicação do LAIS (ASCOM/LAIS)

Em um mundo digital, um dos procedimentos mais importantes na área da saúde é filtrar os dados mais relevantes, seja no trabalho voltado à gestão de pacientes, até a produção de sistemas para o diagnóstico de doenças. Dentro dessa perspectiva, aconteceu, na tarde desta quarta-feira (14), no auditório da Secretaria de Educação a Distância (SEDIS/UFRN), o dia inaugural do “Seminário Internacional de Pesquisa 2023: uso da Inteligência Artificial na análise de riscos e no diagnóstico de doenças”. O evento reuniu estudantes, pesquisadores e profissionais que atuam em serviços de saúde, e trouxe discussões sobre a importância dos processos de coleta e conversão dos biossinais (como batimentos cardíacos e ondas cerebrais) para dados digitais que possam ser aproveitados em sistemas e softwares utilizados na área da saúde.

A abertura da solenidade foi realizada pelo diretor executivo do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), Ricardo Valentim, juntamente aos pesquisadores Agnaldo Souza, também do LAIS/UFRN, João Paulo Queiroz, do Núcleo Avançado de Inovação Tecnológica do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (NAVI/IFRN), Heleni Aires, do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação em Saúde (PPgGIS/UFRN). Em seguida, Paulo Gil, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Coimbra e pesquisador do Centro de Informática e Sistemas (CISUC), deu início à primeira palestra do dia, intitulada “Preparação dos sinais de ECG, ou Eletrocardiograma”.

Durante a apresentação, o professor trouxe uma contextualização dos desafios relacionados à aquisição dos biossinais. Para entender o processo, ele explicou o conceito de sinais e destacou etapas como a amostragem, filtragem e digitalização para o bom aproveitamento desses sinais enquanto dados em um sistema tecnológico. Um dos métodos de coleta destacados foi o Pan-Tompkins, que é comumente utilizado na cardiologia para detectar as ondas complexas (QRS) em sinais eletrocardiográficos. “Hoje em dia não conseguimos ter um mundo sem as inteligências artificiais, e por mais que ainda estejamos nos primórdios da aplicação dessas técnicas na medicina, elas irão revolucionar completamente nosso campo”, explicou ele.

Dionísio Carvalho, pesquisador do LAIS/UFRN, ministrou a segunda e última palestra do dia, com o tema “Preparação dos sinais do OSSEUS”. Em sua fala, o pesquisador explicou o funcionamento do OSSEUS, dispositivo responsável pelo diagnóstico rápido e de baixo custo de doenças osteometabólicas, com destaque para a osteoporose. No caso do dispositivo, Dionísio destacou a forma de obtenção dos dados, que é feita através da detecção da quantidade de ondas eletromagnéticas.

“Hoje nós falamos sobre a forma de adquirir dados para o OSSEUS. Uma preocupação quando se adquire sinais elétricos são os ruídos e interferências do meio ambiente, como até mesmo a temperatura e o calor, que mudam o comportamento de alguns componentes, então tudo isso preocupa. A gente faz algumas aquisições com a parte eletrônica e analógica, mas também temos cuidados na conversão desses dados para o mundo digital, mantendo eles o mais próximo possível dos sinais adquiridos no mundo analógico”, explicou.

Sobre o Seminário

O II Seminário Internacional de Pesquisa 2023 é um evento promovido pelo Núcleo Avançado de Inovação Tecnológica (NAVI/IFRN), em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), e conta com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação em Saúde (PPgGIS/UFRN).

Além dos pesquisadores brasileiros, o seminário terá como palestrantes os professores Paulo Gil, Cesar Teixeira e Jorge Henriques, representantes do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), em Portugal. As palestras serão disponibilizadas em nosso canal, no YouTube.

Para acessar o formulário digital de inscrição, acesse: <https://bit.ly/43F0T5U >