O segundo dia do I Simpósio Internacional de Integração da Pesquisa no Projeto “Sífilis Não”, aberto na manhã desta quinta-feira (30), trouxe a discussão em torno do debate sobre o enfrentamento à sífilis e seus impactos no Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS). O evento acontece no Pavilhão do Conhecimento, na cidade de Lisboa, em Portugal.
A abertura do encontro teve a palestra “A Sífilis no Brasil: tratamento, prevenção e cura e seu impacto na redução de custos no SUS”, ministrada pela coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (CGIST) do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa. Ela apresentou um panorama do trabalho desenvolvido pela sua coordenação, que é responsável pelo projeto “Sífilis Não” no MS. Ela destacou que… ” A OMS periodicamente lança algumas estimativas, e a mais recente nos mostra que infelizmente, a situação está estabilizada em um patamar muito alto. Temos mais de 1 milhão de novos casos de infecção sexualmente transmissível bacteriana no mundo diariamente. Isso mostra que este é um problema de saúde pública que precisa ser olhado de uma forma contextualizada e global”, destacou.
A pauta da sequência da manhã foi a economia da saúde, debatida por meio da mesa redonda “Discutindo o Projeto Sífilis Não à Luz da Economia da Saúde”. O encontro teve a participação da professora Maria José Borrego, coordenadora do Laboratório Nacional de Referência de Infecções Bacterianas Sexualmente Transmissíveis (INSA) de Portugal; Joffre Moraes, gerente de Assuntos Estratégicos da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO); e Daniel Motta, gerente de Tecnologia e Inovação do Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia SENAI-CIMATEC, que ressaltou o desafio existente em transformar um artigo em um produto para a sociedade e incorporar as tecnologias habilitadoras às questões da saúde com um equilíbrio entre as duas áreas, de forma transdisciplinar.
O último tema tratado foi relacionado à educação no enfrentamento à sífilis e outras IST. A mesa redonda contou com a presença e mediação de Aline Pinho, professora do Departamento de Fundamentos e Políticas da Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e pesquisadora do LAIS, além da participação de Eloiza Oliveira, diretora do Instituto Multidisciplinar de Formação Humana com Tecnologias da UERJ e pesquisadora do LAIS; Maria Natália Ramos, professora da Universidade Aberta de Portugal e Coordenadora Científica do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI/UAb-PT); Ricardo Ceccim, coordenador do Núcleo de Educação, Avaliação e Produção Pedagógica em Saúde – EducaSaúde; Luís Alcoforado, professor na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e Investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20/UC) e Cristina Vieira, professora no Departamento de Ciências Sociais e Gestão (DCSG) da Universidade Aberta de Portugal.
Sobre essa temática, a professora Maria Natália Ramos afirmou que “existe a necessidade de compreender a importância da dimensão educacional face aos grandes desafios globais educacionais e de saúde, por exemplo, na promoção da saúde sexual, prevenção da sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis.”