Por Gabriel Mascena / Assessoria de Comunicação do LAIS (ASCOM/LAIS)

O Rio Grande do Norte apresentou, em 2021, uma das taxas de incidência de sífilis congênita superiores à taxa nacional, onde foram registrados 13,5 casos para 1.000 nascidos vivos. Esses números são do Boletim Epidemiológico de Sífilis de 2022 e preocupam as equipes de Atenção Básica e demais profissionais da saúde, que reuniram-se durante três semanas para a “Jornada de Atualização em Manejo de Sífilis na Atenção Primária à Saúde”, evento promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e o Centro Universitário Facex (Unifacex).

O evento, dividido em três blocos entre os dias 11, 18 e 24 deste mês, trouxe discussões sobre a sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita, que é quando a infecção transmitida da mãe para o bebê. A jornada foi direcionada a médicos, enfermeiros e profissionais que fazem parte da Atenção Primária à Saúde e atendem pacientes com sífilis. Dentre os participantes, estiveram presentes no último dia do evento Jane Dantas, Talita Brito e Rosângela Morais, pesquisadoras do LAIS/UFRN, além da médica infectopediatra, Mylena Taíse, do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL).

Para a infectopediatra Mylena Taíse, uma das finalidades do evento foi trazer a importância de discussões e ações voltadas à sífilis na Atenção Primária. “A gente espera que, a partir desse encontro, se possa sensibilizar mais, tanto os profissionais de saúde quanto os próprios gestores, para que se empreenda e se invista mais nesse tema, que é uma situação muito preocupante para nosso estado e para a cidade de Natal”, explicou ela.

A mudança na atuação dos profissionais também foi um dos tópicos levantados entre os participantes. “A educação permanente em saúde é uma das melhores estratégias para mudarmos processos de trabalho, proporcionando o conhecimento e sanando as dificuldades que os profissionais têm no manejo de casos. A expectativa nossa é que a gente realmente possa mudar para melhor os processos de trabalho”, destacou Rosângela Morais, infectologista e também pesquisadora do LAIS.