Por Letícia Meira – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN

Vinte e seis relatos de experiências com o intuito de induzir as políticas públicas de saúde no Brasil para a prevenção da transmissão vertical da sífilis. Essa ideia conduziu a apresentação do evento virtual realizado nesta segunda-feira (06), para divulgar os resultados de uma pesquisa nacional que alcançou vinte e cinco estados brasileiros e o Distrito Federal. 

O estudo foi desenvolvido durante a produção da tese de doutorado de Thereza Cristina Souza Mareco, pesquisadora do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), que retrata os diferentes eixos do Projeto “Sífilis Não”, com o tema “O papel dos comitês de investigação da transmissão vertical da sífilis no Brasil: potencialidades, vulnerabilidades e perspectivas culturais”. Para produzir dados sobre esses comitês, a pesquisa contou com colaboradores do Projeto na realização de uma análise mista e na coleta de dados a partir de entrevistas, com suporte de um questionário semiestruturado. 

O principal objetivo do estudo é analisar o papel dos Comitês de Investigação da Transmissão Vertical (CITV) da sífilis, no Brasil, para a prevenção da transmissão vertical da infecção, responsável pelos casos de sífilis congênita. A pesquisadora concluiu seu doutorado em Relações Interculturais pela Universidade Aberta de Portugal (UAb), um dos frutos da Cooperação Técnica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio do LAIS/UFRN, com a universidade portuguesa. 

Thereza Mareco enfatizou a importância de apresentar os resultados do seu estudo para aqueles que não puderam assistir sua banca examinadora de doutorado que aconteceu em Lisboa, Portugal, em dezembro de 2022: “no encontro de hoje, estiveram presentes atores do Ministério da Saúde, dos estados e dos municípios e, também, fizemos o lançamento do livro com os relatos de experiência dos colaboradores que atuaram na pesquisa”. Para o diretor executivo do LAIS/UFRN, Ricardo Valentim, que fez a fala de abertura do evento virtual, um dos grandes ganhos de toda essa ação é “incluir na agenda de saúde pública o tema sífilis”. 

Lançamento do E-book

O evento também marcou o lançamento do e-book com a mesma temática, o que demonstra a amplitude do projeto, com resultados e o levantamento de dados para entender a dimensão da infecção, fornecendo informações de qualidade fundamentais para ações de educomunicação. Isso contribui para que o tema sífilis passe a estar presente na agenda pública de saúde do Brasil. O material já está disponível para download no Repositório da UFRN.

Sobre o Projeto

O Projeto “Sífilis Não” é executado pelo LAIS/UFRN em parceria com o Ministério da Saúde e com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e, atualmente, é a maior iniciativa de enfrentamento à sífilis no contexto da saúde global. O principal objetivo da ação interfederativa é contribuir para redução dos casos de sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita no Brasil. Isso vem sendo alcançado por meio de iniciativas desenvolvidas em quatro eixos distintos: gestão e governança, vigilância, cuidado integral e fortalecimento da educomunicação.