Por Letícia Meira– Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN (ASCOM/LAIS)

No Brasil, o cantor Cazuza foi diagnosticado com o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), no auge da epidemia nos anos 1980, associado à origem da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). Ao tornar pública sua condição, Cazuza desempenhou um papel crucial na sensibilização sobre a AIDS e seus impactos na saúde. Em um esforço contínuo para conscientizar e combater o HIV/AIDS, a Câmara Municipal de Natal (CMN), por meio de uma proposição do vereador Daniel Valença, organizou uma Audiência Pública com a participação do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) para discutir os desafios enfrentados e desenvolver estratégias para uma abordagem mais eficaz na prevenção e no combate a essa doença.

Durante a Audiência, o diretor Executivo do LAIS/UFRN, Ricardo Valentim, integrou a mesa de debates como representante de uma instituição comprometida em dar voz e visibilidade a essa temática. O Laboratório está envolvido em diversas iniciativas destinadas a reduzir o número de casos, com um foco especial nas populações mais vulneráveis. “O LAIS/UFRN não poderia deixar de estar discutindo essa agenda, movendo projetos, trazendo inovação, fazendo Ciência para melhorar a qualidade de vida e evitar a transmissão de HIV”, esclareceu Valentim.

O organizador do evento enfatizou a necessidade de abordar a questão do preconceito e estigma relacionados às temáticas de HIV e AIDS. Segundo Daniel Valença, “a participação do LAIS/UFRN é fundamental, Doutor Ricardo Valentim é referência no assunto e, sem dúvida alguma, traz um debate aprofundado sobre os dados e a realidade que nos encontramos no estado e no país”. O vereador reforçou, ainda, a importância de abordar essa questão a partir de uma perspectiva de saúde pública e de direitos humanos.


Ao longo das intervenções, Ricardo Valentim relembrou a importância dos medicamentos antirretrovirais (ARV), que desempenham um papel crucial na inibição da multiplicação do HIV no organismo. Para Valentim, “uma evolução enorme, hoje, o medicamento é muito importante para zerar essa carga viral que considera o paciente como indetectável ou muito próximo disso”. Dessa forma, os pacientes que convivem com o HIV experimentam uma significativa melhoria na qualidade de vida. O diretor executivo do LAIS/UFRN também deu ênfase a outras inovações: “já tem drogas injetáveis que você não precisa estar tomando esses remédios todos os dias, tomando uma vez, durante um período, só vai tomar mais lá para frente, então, esse medicamento, recentemente aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ou seja, muito provável que o Brasil deve incorporar essa tecnologia”, finalizou.

O evento é realizado durante o chamado “Dezembro Vermelho”, dedicado à luta contra o vírus HIV, a AIDS e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). A escolha desse mês de prevenção e conscientização, pelo Ministério da Saúde (MS), está relacionada ao Dia Mundial de Combate à AIDS, celebrado em 1º de dezembro. Nesse período destaca-se ainda mais a importância da prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.