Pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN (LAIS) desenvolveram um projeto voltado para o combate da sífilis, doença sexualmente transmissível que se tornou epidemia no país nos últimos anos no Brasil. O projeto é uma iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com o LAIS com o apoio da Secretaria de Educação a Distância da UFRN e do Núcleo De Estudos Em Saúde Coletiva (NESC/UFRN).

De acordo com o professor doutor Ricardo Valentim, o objetivo do projeto é implementar uma rede de resposta rápida à sífilis. “O projeto trata de fortalecer o combate e prevenção dessa doença, que se alastrou nos últimos dois anos em todo o país”, explicou ele.

Equipe LAIS/UFRN participou em Brasília do anuncio oficial das ações para conter avanço da sífilis no país pelo Ministério da Saúde

Nos meses de setembro e outubro, as equipes de colaboradores da UFRN e do Ministério da Saúde estiveram reunidos em Natal/RN para discutir o foco do trabalho desenvolvido e definir a arquitetura de coordenação, bem como a dinâmica de funcionamento e o plano de ação semestral para analisar a situação de saúde dos municípios prioritários no que diz respeito ao atendimento de pacientes com sífilis.

Para o coordenador do LAIS, o projeto vai facilitar o trabalho das equipes que atendem diariamente pacientes portadores da doença. “A sífilis de 2016 para cá teve um aumento de 5000%. Ou seja, é uma epidemia hoje mundial. A própria OMS já demonstra preocupação, uma vez que nas Américas, o Brasil é um dos que tem maior incidência de pessoas com a doença. Portanto, é um projeto que vem para auxiliar antes de tudo na prevenção, além de facilitar o trabalho das equipes que fazem esse trabalho de atendimento”, disse.

A Equipe do LAIS/UFRN participou em Brasília do anúncio oficial das ações para conter avanço da sífilis no país feita pelo Ministro da Saúde. 

Epidemia

Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, entre 2015 e 2016, o número de casos de sífilis aumentou 27,9% em adultos, e 14,7% em gestantes.  Só em 2016, foram registrados 87.593 novos casos. A projeção para 2017 é 94.460 casos.