Por Jordana Vieira (Ascom/LAIS)

Pesquisadores brasileiros, espanhóis e portugueses, reuniram-se na manhã de hoje (6), no Holiday Inn, para debater a comunicação em saúde durante o painel de discussões realizado na 3ª Conferência Internacional de Inovação em Saúde (CIIS 2022). O local estava caracterizado em tons de laranja, a fim de fazer referência ao outono, uma das quatro estações climáticas do ano, por onde o evento passeia durante seus quatro dias de duração, até a próxima quinta-feira.

O painel “Comunicação em Saúde” foi mediado por Juciano Lacerda, vice-coordenador do Programa de Pós-graduação em Estudos da Mídia (PPgEM/UFRN) e pesquisador do Laboratório de Inovação em Saúde (LAIS/UFRN) e Almudena Muñoz Gallego, investigadora pós-doutoral da Universidad Complutense de Madrid e coordenadora do Centro de Apoio à Investigação de Conteúdos Audiovisuais e Digitais para pesquisa e a docência (CAI CREAV).

Também participaram do debate, Isabel Duré, consultora da Organização Pan-Americana da Saúde OPAS/OMS na área de Recursos Humanos para a Saúde, Natália Ramos, professora da Universidade Aberta de Portugal, José Manuel Bautista, professor catedrático de Bioquímica e Biologia Molecular e Coordenador do projeto COVID-ANTICIPA da Universidade Complutense de Madrid (UCM), José Antonio Jimenez de las Heras, professor da Faculdade de Ciências da Comunicação e Informação (UCM/ Madrid) e diretor do CAI CREAV, e Regiane Regina Ribeiro, diretora do Setor de Artes, Comunicação e Design da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A representante da OPAS destacou os 20 anos do Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP), que funciona como um sistema de cooperação técnica entre instituições de ensino, destinado à formação de profissionais de saúde. Ela também pontuou que a plataforma tem mais de 1 milhão e 700 usuários e mais de 2 milhões e 800 matrículas por todo o mundo.

Em sua fala, a professora Natália Ramos, da UAb, tratou sobre os desafios globais para a inovação, humanização e intervenção em saúde e pontuou que “o direito à informação e comunicação é inalienável do direito à saúde”. Em seguida, o professor Juciano lembrou a importância e eficiência da comunicação realizada pelo LAIS, que existe de maneira essencial desde o surgimento do laboratório.

Ao longo do painel, Almudena provocou discussões sobre possíveis caminhos para a divulgação audiovisual de resultados de pesquisas científicas. Ainda, expôs a experiência da Universidade de Complutense, que é feita majoritariamente de maneira audiovisual, com o objetivo de tornar a linguagem mais simples e acessível, mas sem perder o rigor científico. Além disso, finalizou sua apresentação falando da parceria com o LAIS, que visa divulgar artigos produzidos no âmbito do projeto “Sífilis Não” em várias plataformas, como os formatos de vídeo e podcast. A finalidade do projeto é construir um universo transmidiático que alcance todos os públicos distintos que formam a sociedade.

Em sua fala, José Manuel Bautista, fez um panorama de como é realizada a comunicação em épocas de epidemias e pandemias ao longo da história, e falou sobre a evolução das ferramentas para diagnóstico dessas doenças.

Por sua vez, o professor José Jimenez reforçou a ideia de que o audiovisual é uma das formas de comunicação menos rigorosas, sendo adequada para a divulgação científica.

Na sua oportunidade, a professora Regiane Regina falou do projeto de divulgação científica da UFPR, e sobre as ferramentas utilizadas por eles, como por exemplo, um dos quadros chamados de “Pergunte ao Cientista”. O painel acabou com a palestra do professor Juciano, que pontuou a experiência do processo de comunicação realizado durante as quatro campanhas do projeto “Sífilis Não”.

A 3ª CIIS, está sendo transmitida ao vivo pelo portal do G1, através do link: https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/ao-vivo/ao-vivo-3-conferencia-internacional-de-inovacao-em-saude.ghtml.