Em live realizada na tarde desta quarta-feira (28), o Grupo Interinstitucional de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Getrin6), ligado à Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), promoveu o “Seminário telepresencial em memória às vítimas de acidentes de trabalho: política pública de vacinação e meios de diminuição dos riscos de contágio da covid-19 no ambiente de trabalho”. O professor Ricardo Valentim, diretor executivo do LAIS, foi um dos palestrantes do evento.  A transmissão do evento aconteceu nos canais YouTube da Escola Judiciária e do Getrin6. Clique AQUI para acessar o vídeo da transmissão.

A atividade foi realizada nesta data em alusão ao Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes do Trabalho, que é celebrada em 28 de abril. O seminário foi uma das ações do Abril Verde, movimento que teve como objetivo reduzir os acidentes laborais nas mais diversas áreas de trabalho.

A abertura do seminário contou com a apresentações e falas da coordenadora nacional do projeto Trabalho Seguro, a ministra Adelaide Arantes, do Tribunal Superior do Trabalho (TST); o gestor do programa Trabalho Seguro, o desembargador Fábio Farias; a presidente do TRT-6, desembargadora Maria Clara Saboya; vice-diretor da Escola Judiciária/TRT6, desembargador Eduardo Pugliesi, além da juíza gestora regional do programa Trabalho Seguro, Ana Freitas. Participaram ainda o vice-prefeito de Olinda/PE, Márcio Botelho, município que participou do encontro devido a cooperação técnica com o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região.

Para além do diretor executivo do LAIS, foram palestrantes do evento o vice-diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa; e a pesquisadora do Núcleo de Pesquisa Inovação Terapêutica, Michelly Cristiny Pereira.

Barbosa apresentou dados do cenário de contaminados, óbitos no Brasil e na América, destacando a situação dos profissionais de saúde, que por estarem na linha de frente em contato direto com o vírus, precisam ser vacinados com celeridade. Também trouxe informações dos impactos da covid-19 sobre os serviços de saúde em diversas ações de combate e prevenção a doenças que estão ocorrendo interrupções parciais nos países, devido a pandemia. Citou as seis vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estão uso nas Américas, mas também ressaltou as vacinas em desenvolvimento em outras partes do mundo sendo 92 em ensaio clínico e 184 em estágio pré-clínico. “É necessária a equidade para o acesso de todos as vacinas contra a covid-19. Temos dados de que os países de alta renda vacinam 10 mil vezes mais que países de baixa renda. Daí a importância do mecanismo Covax Facility (consórcio global desenvolvido pela OMS para produção e distribuição de vacinas) para diminuir essa desigualdade. Ninguém estará protegido se todos não estiverem protegidos, é um problema de saúde pública de ordem mundial a questão da equidade no acesso a vacina”, disse.

Em sua fala, o professor Ricardo Valentim tratou sobre “A inovação em saúde no Brasil: um caminho para respostas mais resilientes e responsivas”, trazendo os conceitos de resiliência e responsividade, temas aplicados no contexto da saúde global, com a perspectiva da transdisciplinaridade e como isso se aplica na necessidade de dar respostas as ações de enfrentamento a pandemia. Ele citou como exemplo países como Israel e Estados Unidos, que estão tendo bons mecanismos de enfrentamento e promoção de imunização das populações, porque estão tendo boas ações responsivas. “Temos que entender os conceitos do que são resiliência e responsividade, e neste momento de pandemia eles têm uma relevância singular. Olhar para esse tema, é olhar como um ecossistema, olhar para saúde de maneira transdisciplinar. Entender como é essa dinâmica social e como devemos agir. Precisamos pensar a saúde também pela educação, por exemplo, voltar as aulas e pensar como os trabalhadores podem voltar com segurança e toda comunidade escolar pode estar protegida por protocolos seguros. E nada disso é possível sem trazer a ciência, a inovação em saúde, e ter esse debate social”, destacou o diretor executivo do LAIS.