Por Valéria Credidio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN (ASCOM/LAIS)

Uma trilha formativa, com 120 horas de capacitação, direcionada à saúde de pessoas privadas de liberdade. O projeto, intitulado “Além dos Muros”, é apenas um dos mais de 400 já desenvolvidos pelo Laboratório de Inovação Tecnologia em Saúde (LAIS/UFRN) e que tem como base nos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030, preconizada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Muitos dos resultados obtidos pelos projetos estão chancelados por artigos publicados em periódicos internacionais, como a Frontiers, revista científica de reconhecimento internacional. Artigo “Avaliação da educação massiva em saúde prisional: uma perspectiva da atenção à saúde da pessoa privada de liberdade no Brasil” analisa alguns dos resultados obtidos no “Além dos Muros”. Todo o trabalho faz parte da pesquisa de doutorado de Janaina Rodrigues, defendida recentemente, na Universidade de Coimbra, dentro de uma cooperação internacional entre o LAIS e a instituição de Portugal.

Outro artigo produzido pelos pesquisadores do LAIS, publicado no mesmo periódico chancela o trabalho desenvolvido no Projeto “Sífilis Não” “Educação massiva em saúde por meio da mediação tecnológica: análises e impactos na epidemia de sífilis no Brasil”, que tem como autor principal o pesquisador Alexandre Caitano referenda a educação mediada por tecnologia como uma das principais ferramentas para o enfrentamento, bem-sucedido, da sífilis. Somente nesta trilha formativa foram registradas mais de 200 mil matrículas realizadas por profissionais e estudantes da área de saúde em todo o Brasil.

Os dois projetos aqui citados acima contam com o Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde do Brasil – AVASUS – a terceira maior plataforma de educação mediada por tecnologia do mundo na área de saúde. Todo esse potencial vem se transformando em uma ferramenta potente para demonstrar que a aprendizagem ao longo da vida mediada por tecnologias em saúde é uma estratégia eficaz para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, do qual o Brasil é signatário.

Essa conexão com os objetivos da Agenda não ocorre por acaso. O pesquisador do LAIS, e doutorando Manoel Romão, faz o acompanhamento e análise dos projetos e não tem dúvida quanto à presença dos ODS no cotidiano do Laboratório. “Esses projetos refletem o compromisso do LAIS em alinhar-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).”

Os resultados dessa análise é tema de um capítulo de e-book “Contribuições do AVASUS para a promoção da aprendizagem ao longo da vida em saúde: para alcançar os ODS e fortalecer a segurança sanitária global”. Todos esses projetos tendo como base os ODS, principalmente o 3 e 4, que dizem respeito à saúde e bem-estar e educação de qualidade.

Selo ODS Educação 2023

Todos os projetos desenvolvidos pelo LAIS têm um componente de cooperação internacional articulado a algum dos objetivos da Agenda 2030. Por essa razão, o laboratório contribui para que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebesse, recentemente, o Selo ODS Educação. Entre mais de 70 instituições, apenas 39 instituições receberam o reconhecimento. E a UFRN está entre elas.

O Selo ODS EDU busca estimular a participação das instituições de ensino no alcance das metas da Agenda 2030, por meio do reconhecimento de boas práticas e soluções para um mundo mais justo e inclusivo.

Para o diretor executivo do LAIS, Ricardo Valentim, selos como este reconhecem o esforço do trabalho global, direcionado para o desenvolvimento sustentável. ” Por exemplo, o AVASUS desenvolvido pela UFRN, por meio do LAIS, tem atualmente mais 1,1 milhões de estudantes registrados, estes fizeram mais 3 milhões de matrículas, nos seus mais de 400 cursos disponíveis. Portanto, o AVASUS pode ser considerado um grande impulsionador não apenas para UFRN, mas para que o país siga contribuindo com a agenda global de implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, afirmou o diretor do LAIS.