Por Gabriel Mascena (ASCOM/LAIS)

O uso de tecnologias aliado à educação para transformações pessoais e profissionais na área da saúde: este é o foco principal das discussões do seminário “Formação Humana com Mediação Tecnológica em Saúde”, ministrado por Luís Alcoforado, professor da Universidade de Coimbra (UC), que contou com a participação de pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN).

No início da apresentação, o professor evidenciou o dilema que a pandemia trouxe no tocante ao uso das tecnologias voltadas à melhoria da educação voltada à saúde. “A pandemia nos mostrou duas coisas: a primeira é que a educação presencial continua insubstituível, e a segunda é que, apesar disso, temos um conjunto de recursos baseados em tecnologias digitais que não estávamos utilizando em favor das aprendizagens de educação e educação permanente”, enfatizou ele.

Atuando também como cientista no campo da educação permanente, Luís destacou diversos modelos utilizados pelas ciências da formação voltados à construção do conhecimento e de práticas voltadas à transformação no ambiente profissional. Aliado a essas práticas, o pesquisador destacou a importância das tecnologias e da adaptação às ferramentas digitais para uma ação profissionalizada, promovendo uma melhoria da qualidade de vida e da atuação profissional para o bem-estar da população no contexto dos grupos de profissionais da saúde. “A ideia que me parece importante é que possamos usar as tecnologias ao serviço da mudança, da transformação profissional e diária, no sentido da saúde, para nos tornar mais conscientes e para que nossa ação se transforme e incremente diariamente o nosso bem-estar”, disse o professor.

O evento foi realizado pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) no âmbito do projeto “Sífilis Não”, em parceria com a UFRN e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), reuniu professores e pesquisadores de doutorado, sendo resultado da cooperação do laboratório com a universidade portuguesa.

“O LAIS todos os dias demonstra a sua utilidade não só pelo conhecimento que traz e produz, pelas contribuições que acrescenta nos processos formativos das pessoas, como também pelas redes internacionais que cria, colocando o Brasil num nível de cooperação internacional de primeiro plano”, destacou o professor, citando sua experiência dentro do laboratório. “Eu lucro muito com essa minha colaboração com o laboratório, pois temos aqui diálogos frutuosos que se transformam em publicações científicas relevantes e que são muito significativos para mim enquanto cientista na área da educação permanente”, enfatizou ele.