O Sars-Cov-2, vírus responsável pela Covid-19, têm mostrado todos os seus efeitos sobre a sociedade, e o quão difícil têm sido contê-lo desde quando Organização Mundial de Saúde (OMS) em 11 de março de 2020 declarou ao mundo que estamos vivenciando mais uma pandemia. Os dados globais de saúde para a Covid-19, doença ocasionada por esse Novo Coronavírus, são alarmantes, e até o presente momento o único método apontado foi o isolamento social. Desde a declaração da OMS até os dias atuais já são mais de 4,3 milhões de pessoas infectadas em todo o planeta, e tudo indica que em breve aproximadamente o mundo terá mais de 300.000 óbitos por Covid-19.
Os primeiros casos da Covid-19 no Brasil foram notificados em de fevereiro de 2020. Em seus boletim, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso, ocorrido no dia 25, em São Paulo. O paciente tinha um histórico de viagem à Itália, um dos países mais afetados pela pandemia.
Desde, então, o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em conjunto com o Ministério da Saúde (MS) do Brasil, com a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), e também com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) por meio do seu Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) organizaram a “Trilha Covid-19” com propósito de promover a formação em saúde e preparar os profissionais de saúde, linha de frente, para o enfrentamento à esta terrível doença. As ofertas educacionais são realizadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde (SUS), o AVASUS: https://avasus.ufrn.br/, também desenvolvida pelo LAIS/UFRN para o Ministério da Saúde.
Segundo o professor Ricardo Valentim, Coordenador do LAIS, a trilha que está a disposição dos profissionais de saúde, fortalece uma das principais ferramentas para o combate a disseminação da pandemia. “A formação humana em saúde é um dos principais instrumento na promoção a saúde da população e fundamental na indução de resiliência dos sistemas de saúde em momentos de crise como o que o Brasil e mundo está vivendo agora”, afirma.
Valentim explica, também que em tempos de isolamento social e ameaçados por um vírus, cuja taxa de contaminação é altíssima, a metodologia de ofertas educacionais devem estar um passo à frente, portanto, deve ser propagado sem respeitar os limites do espaço-tempo. “Neste contexto, a educação em saúde mediada por tecnologia torna-se uma ferramenta eficaz. Os números dos cursos ofertados na Plataforma AVASUS demonstram isso”.
Somente no Brasil os números de inscrições ultrapassam os mais de 140 mil em cursos sobre Covid-19 na trilha formativa ofertada somente AVASUS. “Esses números são significativos e demonstram o interesse dos profissionais de saúde e da população geral em busca de conhecimento e informações qualificadas para o enfretamentamento da pandemia”.
Apesar do Rio Grande do Norte (RN) não estar entre os mais populosos do Brasil o estado se destaca por ocupar a segunda posição em número de inscritos em cursos sobre Covid-19 no AVASUS, e ultrapassa hoje mais de 14 mil, ficando atrás somente do estado de São Paulo que tem atualmente têm mais de 17 mil inscritos, Minas Gerais é o estado com o terceiro número de inscrições e já passa das 11 mil. “Esse destaque do RN se dá pelo presença forte da UFRN e também pelo protagonismo do LAIS/UFRN no enfrentamento da pandemia em todo o estado”, explica a professora Karilany Coutinho do LAIS/UFRN.
Mesmo sendo ofertados somente em língua portuguesa, os cursos despertam o interesses de pessoas em outros países. Ao todo já são 52 países com alunos inscritos. A Bolívia é o país estrangeiro com maior número de inscritos.
Para o professor da UERJ e pesquisador do LAIS, Carlos Alberto Oliveira, os números demonstram o interesse dos profissionais da saúde pela informação técnica e capacitação de qualidade com mediação tecnológica que garante rapidez, custo adequado e a essencial escala formativa.
“A densidade de pessoas qualificadas neste tema é fundamental em momentos de crise, pois os gestores públicos poderão contar com uma força de trabalho qualificada para o enfrentamento da Covid-19; e, também, planejar e organizar as equipes de saúde na APS, no transporte sanitário, nas UPAS e nos leitos de terapia intensiva”, afirma o Professor Carlos Alberto Oliveira.
Para consultar mais informações e poder interagir com os mapas acesse o sistema desenvolvido pelo LAIS/UFRN para monitoramento da Covid-19 em https://covid19.saude.rn.gov.br/, através da aba “Formação em Covid-19.”