Por Valéria Credidio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN (ASCOM/LAIS)

Instalado em cinco hospitais de referência no Rio Grande do Norte, o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP+RN) completa um ano de funcionamento, trazendo melhorias importantes tanto para os pacientes como para os profissionais atuantes em cada uma das unidades de saúde atendidas.

O PEP + RN é uma plataforma inteligente para o registro digital e integrado dos dados de saúde dos pacientes. A plataforma é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Saúde Pública do RN (SESAP) e o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), contando também com a participação do Núcleo de Inovação Tecnológica, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (NAVI/IFRN). O Prontuário tem como foco proporcionar maior segurança, agilidade e eficiência na gestão do cuidado e dos serviços de saúde, estando centrado na experiência dos profissionais e na completa atenção ao paciente.

Atualmente, cinco hospitais do RN estão sendo beneficiados com os serviços ofertados pelo Prontuário. Em Natal, são os hospitais Giselda Trigueiro e João Machado; em Parnamirim, o Deoclécio Marques e em Mossoró, o Tarcísio Maia e o hospital da Mulher Parteira Correia. Para este ano, está prevista a expansão da implantação do PEP+RN para outras unidades hospitalares do estado.

Entre os benefícios proporcionados pelo Prontuário Eletrônico do Paciente estão o monitoramento integrado da evolução clínica do paciente; gestão eficiente da prescrição segura de medicamentos; acompanhamento inteligente e integrado pela Vigilância Epidemiológica; gerenciamento integrado das análises clínicas e diagnósticos por imagem; padronização e eficiência das evoluções multidisciplinares; central de alertas e notificações com foco na dinâmica do atendimento; interoperabilidade com sistemas do DATASUS, e maior eficiência na gestão do cuidado integral e assistência do cidadão.


De acordo com a diretora do Hospital da Mulher, Elenimar Costa Bezerra, o PEP + RN é uma prova de como a tecnologia pode auxiliar o serviço de saúde, democratizando o acesso. Para a diretora do Hospital da Mulher, o prontuário eletrônico garante, também, que as informações sejam preservadas e retornem aos gestores. “Desta forma, podemos fazer vigilância em saúde, que é o nosso maior objetivo”.

No hospital Gidelda Trigueiro a implementação do PEP + RN causou mudanças positivas, conforme apontou Miguel Taveres, coordenador da divisão de ambulatórios. “Um prontuário otimizado, de fácil acesso e que aprimorou ainda mais todo o nosso atendimento. Sem contar com a agilidade que é para acessar. A equipe de webdesign e toda equipe técnica proporcionou uma nova experiência positiva em atendimento ao usuário SUS”.

Para facilitar a operacionalização do prontuário pelas equipes das unidades hospitalares são criados módulos de trabalho. Ao todo já são 26 módulos, como os direcionado à internação, pronto-socorro, gestão de leitos, segurança do paciente e faturamento, por exemplo.

Todo o desenvolvimento dos módulos ocorre com o apoio colaborativo e multidisciplinar dos 23 colegiados técnicos, constituídos por interlocutores da SESAP/RN e profissionais que integram as equipes dos hospitais da rede hospitalar do RN. “Os colegiados fornecem apoio técnico especializado permanente para requisitos das funcionalidades e avaliação de desempenho do PEP + RN na perspectiva da integração, transparência, monitoramento, inteligência clínica e cuidado integral”, explicou Fernando Lucas, pesquisador do LAIS e coordenador de desenvolvimento do PEP + RN.

De acordo com o diretor executivo do LAIS, Ricardo Valentim, o Prontuário Eletrônico do Paciente – PEP + RN, além de ter uma rede robusta de dados e transparência, permite a gestão hospitalar, a regulação de acesso aos serviços de saúde e a vigilância hospitalar. “O sistema de gestão hospitalar que está sendo desenvolvido no Rio Grande do Norte é uma ferramenta que auxilia a gestão, a tomada de decisão, qualificando o acesso ao serviço e é possível, através dele, analisar o custo-efetividade, em termos de informação para orientar e monitorar a evolução da política pública, principalmente na questão da alta complexidade, da rede de atenção primária à saúde terciária”, finalizou.