Pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN) se reuniram nesta terça-feira (4) com a promotora de justiça Kalina Correia Filgueira, do CAOP Saúde (Centro de Apoio Operacional às Promotorias) do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). Na pauta, a implementação do sistema Telessaúde em municípios do interior do Rio Grande do Norte.
O encontro aconteceu na sede do CAOP Saúde, localizado na Procuradoria Geral de Justiça do Estado (PGJ/RN). A expectativa do grupo é que o sistema possa auxiliar os serviços de saúde em regiões do Rio Grande do Norte onde há déficit no atendimento médico. O sistema atuaria ainda como uma plataforma voltada para capacitação de profissionais que atuam nestes centros.
De acordo com o professor Ricardo Valentim, coordenador do LAIS e um dos idealizadores do sistema Telessaúde, a parceria tem potencial para melhorar o atendimento à população em regiões com pouco acesso a serviços de saúde, sobretudo no que diz respeito ao atendimento de especialidades médicas em geral. “Entendendo as necessidades apresentadas pela promotora, o nosso próximo passo é desenvolver um projeto que atenda as demandas específicas apresentadas pelo MPRN”, disse.A expectativa é que um novo encontro aconteça nos próximos dias, contando também com a participação de gestores estaduais e municipais. Para o coordenador do LAIS, o Telessaúde pode ser uma solução municípios menores e distantes dos principais centros do RN. “O investimento em tecnologia para a utilização do telessaúde é de baixo custo, além de já estar testada, com experiências exitosas no RN e em todo o país. O nosso núcleo de telessaúde já conta com expertise pelo trabalho desenvolvido no RN e na Paraíba, e pode ser uma ferramenta importante para este trabalho proposto pelo MPRN”, afirmou.
Projeto Telessaúde
O Projeto Telessaúde Brasil Redes é uma iniciativa instituída em âmbito nacional pelo Ministério da Saúde, em 2007 como um projeto piloto em 9 estados, tendo sido ampliado para todos os estados da federação em 2011. O trabalho é sustentado por quatro pilares principais que se fundamentam no uso de tecnologia de comunicação e informação: tele-educação, teleconsultoria, telediagnóstico e segunda opinião formativa.
Ele tem o objetivo de fortalecer e ampliar as ofertas de Educação Permanente em Saúde para os profissionais e trabalhadores do SUS, ampliar e melhorar a cobertura dos serviços de saúde, racionalizar os investimentos e melhorar a eficiência do SUS.