Por Arthur Barbalho

O coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN), professor Ricardo Valentim, participou na tarde desta terça-feira (5) de uma reunião da Comissão de Acompanhamento do Coronavírus e seus Impactos da Ordem dos Advogados do Brasil no RN (OAB/RN). No encontro, realizado através de videoconferência, o grupo debateu sobre as ações do LAIS em parceria com órgãos públicos para o enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Participaram da reunião os advogados Aldo Medeiros, presidente da OAB/RN; Alex Gurgel, diretor-tesoureiro da OAB/RN e presidente da Comissão; além de Valderice Nóbrega, diretora de saúde da CAARN e membro da comissão. Também estiveram no encontro os advogados Cássio Leandro, Elisângela Fernandes, Romildo Martins e Valéria Lucena, todos membros da Comissão. Completam a lista de presentes a presidente de Subseccional de Mossoró, Bárbara Paloma o secretário-geral da Ordem, Joao Victor Hollanda, e a secretária-geral adjunta, Milena Gama.

Na ocasião, o professor Ricardo Valentim abriu a discussão apresentando um panorama da situação da pandemia em todo o mundo, com ênfase nos reflexos do cenário atual no Rio Grande do Norte. O coordenador do LAIS mostrou as ações de inovação em saúde desenvolvidas pela equipe do laboratório, e que têm sido usadas pela Secretaria Estadual de Saúde Pública do RN (Sesap/RN), bem como pelas pastas da saúde a nível municipal.

Para o professor Valentim, foi uma oportunidade importante para debater com a OAB/RN a importância da ciência neste cenário enfrentado por tudo mundo em virtude do novo coronavírus. “Eu avalio como muito positiva a discussão que tivemos hoje. Foram debatidos o papel da ciência no enfrentamento da Covid-19. Discutimos ainda sobre a testagem, bem como o uso da educação e da comunicação como ferramentas importantes para superar esta crise. Vemos que a OAB/RN pode colaborar de maneira efetiva com as ações de enfrentamento da Covid-19”, afirmou.

Dentre os temas abordados, o grupo da OAB/RN questionou sobre as medidas de isolamento social adotadas no RN. Enquanto membro do comitê científico do Governo do Estado e representante do RN no comitê científico do Consórcio Nordeste, o professor Valentim reforçou a importância da iniciativa, em um cenário onde ainda não há uma vacina ou medicamento com eficácia comprovada contra a Covid-19.

“Falamos ainda da questão do isolamento social, que é uma necessidade para garantir o controle da pandemia não só no Rio Grande do Norte, mas no mundo inteiro. Hoje não qualquer vacina ou medicamento cientificamente testado que seja eficiente contra o novo coronavírus, embora já haja avanços em pesquisas em várias partes do mundo”, afirmou.

Presidente da Comissão mostra preocupação com avanço da pandemia
Segundo o presidente da Comissão de Acompanhamento do Coronavírus e seus Impactos, Alex Gurgel, o grupo tem dialogado com o Governo do Estado, Prefeitura de Natal e de outras cidades, com o intuito de buscar dimensionar tamanho efetivo da resposta a pandemia por parte dos entes públicos. O cenário, de acordo com ele, preocupa, sobretudo pelo avanço da doença no RN.

“A partir dos dados apresentados pelo LAIS e das informações da capacidade instalada das redes municipais e estadual de Saúde, a Comissão se mostra muito preocupada com o avanço da pandemia, a queda dos índices de isolamento social, a baixa oferta de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e respiradores, a falta de testagem com finalidade de vigilância epidemiológica e a deficiente comunicação dos órgãos públicos Isso poderá ocasionar enormes prejuízos à vida dos potiguares, da advocacia e da economia do RN.”, disse.

O coordenador do laboratório enalteceu a importância da participação da OAB/RN nas discussões neste momento de pandemia, auxiliando órgãos públicos através de suas recomendações. “Debater sobre a Covid-19 neste momento é importantíssimo, sobretudo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que é uma instituição que tem papel preponderante no ordenamento jurídico e na manutenção estado de direito no nosso país”, finalizou.