Bruno Cássio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN
Uma manhã dedicada à inclusão e a participação de indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), esse é o principal objetivo da ação inédita “ELA na Praia: Atividades de Lazer para pessoas com doenças neuromusculares” que será realizada no dia 16 de dezembro de 2022, próximo a um dos principais cartões-postais de Natal/RN: o Morro do Careca, na Praia de Ponta Negra.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre o projeto revELA, do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), os Departamentos de Medicina, Fisioterapia e Educação Física, ambos do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRN), o Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) e a Sociedade Amigos do Deficiente Físico (SADEF/RN).
De acordo com a professora do Departamento de Fisioterapia da UFRN e pesquisadora do LAIS/UFRN, Raquel Lindquist, “o primeiro ponto positivo dessa programação é que essas pessoas tenham momentos de lazer ao ar livre, vivenciem experiências inclusivas, interajam com outras pessoas e que também possam conhecer e ampliar as possibilidades de participação em atividades de lazer, mesmo tendo a mobilidade reduzida”. Ainda segundo a professora, o momento também servirá de estímulo para que pessoas com outras doenças neuromusculares se sintam motivadas a participar de ações semelhantes.
Esse projeto é executado em quatro etapas e envolve alunos de graduação dos cursos de Medicina, Fisioterapia e Educação Física. Na primeira delas, eles participaram de uma aula sobre doenças neuromusculares; o segundo passo foi vivenciar a prática da chamada praia inclusiva. Nessa etapa, os alunos tiveram uma aula prática sobre o uso de dispositivos auxiliares adaptados à água; em seguida, aprenderam sobre as principais recomendações para atividades físicas com pacientes com ELA e, por fim, debateram sobre os procedimentos de segurança na água.
Ir à praia, tomar banho de mar são atividades que fazem parte da rotina de quem mora em cidades do litoral do Rio Grande do Norte e, com a execução desse projeto, a ideia é que pacientes que vivem em isolamento social possam, aos poucos, enxergar novas perspectivas de melhoria da qualidade de vida.