Por Bruno Cássio – Assessoria de Comunicação do LAIS (ASCOM/LAIS)

Mais de 150 mulheres privadas de liberdade cumprem pena no Pavilhão Feminino do Complexo Penal Doutor João Chaves, na Zona Norte de Natal/RN. Em maio deste ano, o Projeto “Sífilis Não”, executado pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), já havia realizado a doação de um computador para ser usado nas ações formativas de educação em saúde e no atendimento direcionado à saúde prisional nesse lugar. Nesta sexta-feira (28), a unidade penitenciária recebeu seis novos computadores de última geração que irão reforçar o trabalho de ressocialização e remissão de penas a partir do acesso às atividades de educação em saúde.

De acordo com a diretora do Pavilhão Feminino do Complexo Penal, Rafaela Moura, a preocupação com a educação e com a prevenção de doenças, principalmente, as infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis, é uma constante no estabelecimento. “Os computadores vão servir para capacitação, para que essa ressocialização seja organizada de forma mais efetiva e vão contribuir também para a formação de policiais penais”, explicou a diretora que é policial penal e atuou como conteudista da trilha formativa sobre saúde no sistema prisional, disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS (AVASUS).

Além dos computadores, duas mesas de escritório foram doadas para dar suporte aos equipamentos. Durante a entrega do material, o diretor executivo do LAIS/UFRN, Ricardo Valentim, refletiu que “a saúde no sistema prisional é negligenciada, não só no Brasil, mas no mundo todo”. Ainda segundo Valentim, essa é uma população vulnerável para os casos de IST, como HIV e sífilis: “o objetivo é usar esse processo de formação por meio da mediação tecnológica para a questão da ressocialização, mas também para a orientação do autocuidado, para melhorar a qualidade da saúde no sistema prisional”, disse ao reforçar o propósito dessa ação.

Além do Pavilhão Feminino do Complexo Penal Doutor João Chaves, na capital potiguar, nos últimos meses, outras três unidades prisionais do Rio Grande do Norte foram contempladas com essa iniciativa: a Cadeia Pública de Natal, o Complexo Penal Estadual Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró/RN, e o Complexo Penal Regional de Pau dos Ferros.