Bruno Cássio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN

Sexta-feira, 16 de dezembro de 2022, uma data que ficará guardada na memória de pacientes atendidos pelo Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) e pelo Projeto revELA, do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN). Cerca de dez pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e outras enfermidades raras foram à Praia de Ponta Negra, em Natal/RN, para tomar um banho de mar, na ação “ELA na Praia: Atividades de Lazer para pessoas com doenças neuromusculares”.

A iniciativa inédita reuniu, além de profissionais do HUOL e do LAIS/UFRN, parceiros vinculados aos Departamentos de Medicina, Fisioterapia e Educação Física do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRN) e à Sociedade Amigos do Deficiente Físico (SADEF/RN). Para Mário Emílio Dourado, coordenador do Ambulatório de Doenças Neuromusculares do HUOL, “a ideia é tirar essas pessoas do ambiente fechado, de dor, de fadiga, e trazer para o mar, para que elas tenham essa percepção de que podem ter lazer e de que o mar relaxa”.

Para a professora do Departamento de Fisioterapia da UFRN e pesquisadora do Projeto revELA, Raquel Lindquist, “é uma alegria muito grande, a gente sabe o que esses pacientes passam, que eles têm dificuldade de sair de casa, e você ver uma pessoa condicionada a outras rotinas sair para uma atividade dessa, pessoas sendo felizes, aproveitando o dia, é muita felicidade”, declarou, emocionada. Danilo Nagem, coordenador executivo do revELA, afirma que essa é uma experiência única: “para nós da área da Engenharia, estar na água, no mar, perto desses pacientes e ver a reação deles é algo transformador”.

 A nutricionista Lúcia Leite, que atua no HUOL e no revELA, esclareceu que essa é uma atividade que integra o Programa de Atenção em Doenças Neuromusculares (PANM), e que a intenção é que iniciativas semelhantes sejam realizadas no próximo ano a partir desse Projeto de Extensão da UFRN. Luiz José da Silva, de 41 anos, já vive essa expectativa. Com limitações físicas provocadas pela doença neuromuscular, ele foi um dos que aproveitaram a manhã de lazer. Mesmo com dificuldades para falar, ele fez questão de deixar uma mensagem aos organizadores: “a palavra de hoje é uma só: gratidão”.