Por Bruno Cássio – Ascom LAIS
A sede do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20), da Universidade de Coimbra, em Portugal, recebeu, nesta quarta-feira (06), o “Seminário de Apresentação de Estudos de Doutoramento dos Projetos ‘Sífilis Não’ e revELA”, um evento híbrido que conectou pesquisadores do Brasil e da universidade portuguesa para realizar a discussão sobre o andamento das pesquisas e o cronograma de defesa das teses.
Oito pesquisadores, sendo seis deles com investigações vinculadas ao Projeto “Sífilis Não” e outros dois, ao revELA, participaram das apresentações que tiveram a duração de dez minutos cada. Durante as explanações, o diretor executivo do LAIS/UFRN, Ricardo Valentim, os pesquisadores do Laboratório, Carlos Alberto Oliveira, Juciano Lacerda e Marquiony Santos, e o professor da Universidade de Coimbra e investigador do CEIS20, Luís Alcoforado, ambos presentes em Coimbra, fizeram algumas intervenções para indicar possíveis melhorias.
Para Ricardo Valentim, a qualidade dos trabalhos que serão defendidos nos júris de doutoramento, nessa parceria com a Universidade de Coimbra, chama atenção, principalmente, pela confirmação, com base em dados científicos, que o esforço feito até aqui tem transformado realidades: “estamos entregando estudos robustos, com informações que mostram, no caso do ‘Sífilis Não’, por exemplo, como a política pública de saúde foi influenciada por esse projeto e a sífilis passou a fazer parte da agenda de trabalho de gestores municipais e estaduais de saúde”.
A estimativa é de que as defesas comecem a ser realizadas no mês de dezembro de 2022, mas os desdobramentos dessas pesquisas devem continuar por mais tempo. É que muitas deverão dar origem a artigos científicos e serem sugeridas como referenciais para respaldar mudanças em protocolos de tratamento e de atendimento de pacientes, tanto de sífilis como de esclerose lateral amiotrófica, no Sistema Único de Saúde.
De acordo com Luís Alcoforado, da Universidade de Coimbra, que orienta parte das teses com temáticas ligadas à Educação Permanente em Saúde: “temos aqui, a expectativa real de poder ter contributos muito significativos, não só para o universo do conhecimento, mas também para a transformação de algumas práticas profissionais na saúde”. Além da Educação em Saúde, temáticas como vigilância epidemiológica, educomunicação, gestão na saúde, tratamento e prevenção são abordadas pelos pesquisadores em suas teses.