Durante todo o período de pandemia da covid-19, em Portugal, as escolas ficaram dois meses sem funcionamento com a presença de alunos, professores e funcionários. A garantia para o ensino presencial veio por meio de uma ação conjunta entre o governo português e a Cruz Vermelha, promovendo a testagem em massa desta população, além de vacinar todos os profissionais da educação. Essas foram algumas das experiências relatadas pelos representantes da Cruz Vermelha durante reunião com pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN). A reunião ocorreu de forma virtual, na manhã desta sexta-feira, dia 21 de maio.

Todos os relatos das experiências vivenciadas em Portugal foram feitos pelo Dr. Gonçalo Órfão, médico e coordenador nacional da Cruz Vermelha no país, e pela professora Leila Salles, Coordenadora do Curso de Licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), além de Carla Vieira, coordenadora de cooperação internacional da CVP. De acordo com o relato, o processo de testagem ocorria com periodicidade e de acordo com cada realidade, havendo os testes para os casos de controle e para os casos de contato de risco. “Importante que além da testagem, foram garantidos todos os processos de biossegurança, priorização das atividades em lugares abertos ou com circulação de ar natural e, sobretudo, com a imunização de todos os profissionais da educação, logo no começo da pandemia”, explicou. 

Também participaram das discussões Eva Menino e Aliete Cunha, ambas da Escola de Enfermagem da Universidade de Coimbra. Representando o LAIS, estiveram presentes o diretor executivo do laboratório, professor Ricardo Valentim, e os pesquisadores Leonardo Lima, Ion Andrade, Higor Moraes e Carlos Alberto de Oliveira, sendo este responsável pela condução de todo o trabalho durante a manhã. 

A secretaria de saúde pública do RN (SESAP) foi representada pela coordenadora de Vigilância Sanitária, Kelly Lima. Também do Rio Grande do Norte, esteve presente o Jalmir Simões, Secretário Municipal de Saúde de São Gonçalo do Amarante. Na oportunidade, Simões pode contar um pouco da experiência que está sendo colocada em prática com a preparação da rede municipal de ensino para a retomada do ensino presencial. 

Representantes do governo municipal do Rio de Janeiro também participaram das discussões, como Giovanna Franklin, da Secretaria Municipal de Educação; Marcos Rodrigues Jr., da Secretaria de Saúde, e Barbara Salvaterra, organizadora da Rede Interestadual de Promoção de Saúde Escolar. Marco Rodrigues Jr.

Como resultado da reunião, foi criado um grupo de trabalho para que as experiências exitosas possam ser replicadas entre os dois países. Para o professor Carlos Alberto Oliveira, a reunião foi de extrema importância pois a Cruz Vermelha pode descrever todas as ações que foram colocadas em prática para garantir a segurança de profissionais e alunos, em todos os níveis de educação, em Portugal. “Toda experiência portuguesa será importante, agora, na retomada das atividades tanto no Rio Grande do Norte como no município do Rio de Janeiro”, ressaltou Carlo Alberto Oliveira.