“Os desafios da inovação em saúde no Brasil: o papel das universidades em relação com o setor produtivo”. Esse foi o tema da primeira roda de conversa promovida durante a I Conferência Internacional de Inovação Tecnológica em Saúde, que contou com as presenças dos Reitores da UFRN e da UERN, professora Ângela Paiva e Pedro Fernandes, respectivamente, além do professor João Alcione Figueiredo, Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da FEEVALE. Também participaram do debate os senhores Franco Pallamolla, Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABIMO) e Miguel Lizarraga, Manager da Samsung.
Diversos dados foram disponibilizados ao público presente. A professora Ângela Paiva enfatizou o crescimento do atendimento na área da saúde, com a melhoria dos serviços prestados e com a ampliação desses trabalhos por meio da entrada da EBSERH, sempre tendo a empresa e a indústria como parceiras do ensino, da pesquisa e da extensão, buscando-se sempre maior desenvolvimento da área. A reitora ainda ressaltou o papel do LAIS no fortalecimento da inovação dentro da UFRN, trazendo a tecnologia.
Um dos discursos de maior impacto para os presentes foi o do presidente da ABIMO, Franco Pallamolla, que reconheceu o fato de as universidades públicas terem o melhor acervo de conhecimento no Brasil, mas um acervo inacessível à indústria “por conta da falta de uma política de estado para o desenvolvimento produtivo, um marco regulatório”. Apesar de fazer uma leitura realista do atual cenário brasileiro, Franco Pallamolla fez uma afirmação esperançosa: “conheço diversos sistema de inovação de outros países e o Brasil sabe inovar, a universidade sabe inovar, a indústria sabe inovar”.
Ao término dos discursos, o professor e presidente da conferência, Ricardo Valetim, fez um balanço do Café com Inovação. Entre as discussões, esteve a formação do profissional em saúde, que ainda é realizada com base em conteúdos, quando deveria estar centrada em habilidades e em competências com vistas a suprir as necessidades do mercado, da sociedade, da ciência e da vida. A burocracia, por conta da falta de leis, dificulta a gestão de recursos e os marcos regulatórios. Por fim, professor Valentim ressaltou a importância de se firmar parcerias cada vez mais sólidas entre a indústria e as universidades.