Por Gabriel Mascena e Jordana Vieira / Assessoria de Comunicação do LAIS (ASCOM/LAIS)
Permitir o acesso global da população brasileira a serviços de saúde, como consultas, exames e diagnósticos, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), é um dos objetivos da Saúde Digital, termo que corresponde ao uso das tecnologias utilizadas na área da saúde. Para conhecer os projetos no campo da telessaúde desenvolvidos no Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e discutir parcerias, a equipe de técnicos do Ministério da Saúde (MS) vinculados à Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI) esteve em Natal/RN nos dias 15 a 16 cumprindo uma série de compromissos.
O início da agenda foi marcada por uma visita técnica à sede do LAIS/UFRN, em que os representantes da SEIDIGI/MS, Adenilson Miranda e Eliete Oliveira, puderam conhecer detalhes dos projetos realizados na base de pesquisa de saúde digital, em que são desenvolvidos dispositivos biomédicos, utilizados para fazer o diagnóstico de doenças. Além disso, os representantes das duas organizações discutiram a possibilidade de futuras parcerias para um maior investimento federal na área da telessaúde no Estado.
Visita à SEDIS/UFRN
Durante a tarde do primeiro dia de agenda, os representantes da Secretaria também puderam conhecer as instalações da Secretaria de Educação à Distância (SEDIS/UFRN), instituição parceira do LAIS/UFRN e onde são desenvolvidas pesquisas e produtos em áreas como educomunicação e comunicação em saúde.
Os profissionais também foram introduzidos ao Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS (AVASUS), plataforma que desempenha um papel crucial como ferramenta de saúde pública por meio da criação e disseminação de cursos e trilhas formativas no objetivo de assegurar uma educação de qualidade e desenvolvida para todos. Durante essa ocasião, a equipe compreendeu o processo de produção dos cursos sob a perspectiva da equipe pedagógica, constituída por pesquisadores e especialistas afiliados ao LAIS/UFRN.
A visita às instituições possibilitou aos profissionais compreender cada iniciativa e traçar estratégias para fomentar e aperfeiçoar os serviços de saúde. Para Eliete Oliveira, consultora técnica da SEIDIGI/MS, o intuito é familiarizar a população com as iniciativas elaboradas nas instituições. “Não vai retroagir, é daqui pra frente. Vimos que aqui é um ponto muito importante para a telessaúde e para a saúde digital. A gente conta muito com o núcleo da UFRN e o LAIS em si para que a gente consiga aumentar o portfólio e chegar a uma parte maior do território”, relatou.
Adenilson Miranda, consultor técnico da SEIDIGI/MS, destacou a articulação entre profissionais, pesquisadores e bolsistas no desenvolvimento de tecnologias voltadas ao serviço público de saúde. “O que me surpreendeu foi o engajamento dos profissionais da UFRN. Aqui a gente vê que há uma dedicação muito intensa, principalmente porque nem todos os projetos são financiados, mas são iniciativas desses pesquisadores juntos com demais bolsistas. Essa articulação é muito bem trabalhada aqui na UFRN”, disse. “O LAIS foca a questão da saúde digital por meio do desenvolvimento dessas tecnologias. O modo como a universidade trabalha com pesquisas voltadas a resolver problemas de saúde para a população é muito importante para a saúde digital no país”, finalizou.
Segundo dia de atividades
Ao longo da agenda, a equipe do Ministério da Saúde foi até o SUVAG – Centro de Saúde Auditiva do RN, instituição que auxilia pessoas com deficiência auditiva, para conhecer a infraestrutura do local e detalhes de como é praticada a promoção da saúde auditiva para a população em alguns serviços que utilizam a teleconsulta.
De acordo com Rosiliane de Souza, mãe de uma das pacientes do Centro que residem no município de Poço Branco/RN, a teleconsulta é ideal para otimizar o tempo que é gasto pelas pessoas que moram no interior do Estado e precisam ter acesso aos serviços do SUVAG, “a teleconsulta ajuda na terapia das crianças com perda auditiva, principalmente na locomoção da gente que mora no interior, para vir para a capital é muito desgastante porque é uma viagem longa e a criança chega aqui para o atendimento muito estressada”, destacou.
Seguindo a agenda de compromissos, os técnicos foram até a Unidade Saúde da Família Felipe Camarão – Unidade 3 com objetivo de conhecer detalhes na prática de como é feito o telediagnóstico utilizado no Osseus, equipamento desenvolvido pelo LAIS/UFRN para diagnóstico da osteoporose.
Para Eliete Oliveira, é importante saber como a telessaúde chega para auxiliar a população que tem acesso ao SUS, “é bom ver que os serviços de telediagnóstico e telessaúde diminuem e qualificam as filas, e levam a saúde em municípios mais distantes e USFs, como essa aqui”, finalizou.