Por Heloísa Lemos – ASCOM/LAIS

Para aumentar a eficiência deste atendimento a mães e crianças, durante o período de pré-natal e pós-parto, o Sistema Único de Saúde- SUS – realiza o lançamento da Rede de Atenção Materno Infantil do Ministério da Saúde, funcionando em todo o país.

A oficialização do sistema se deu por meio de uma oficina de trabalho, organizada em Natal, no último dia cinco de agosto, contando com a presença da Diretora do  Departamento de Saúde Materno-infantil da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Lana de Lourdes Aguiar do secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia; do delegado do Ministério da Saúde, Franciso Rego; do Secretário de Saúde de Natal, George Antunes, e da Presidente do Conasems, Maria Eliza Garcia. O LAIS foi representando por seu diretor executivo, Ricardo Valentim.

Durante a 2ª Oficina da RAMI propôs a retratação da situação da Mortalidade Materna e Infantil no estado, bem como, a apresentação dos novos modelos de financiamento dispostos na Portaria GM/MS 2.228/2022, dirimindo as dúvidas dos gestores, na perspectiva do fortalecimento dessa Rede nos territórios e na formação de multiplicadores para apoio técnico de implementação e capacitação dos profissionais dos municípios.

A RAMI foi construída baseada na necessidade de atualização e ampliação da rede existente (antiga Rede Cegonha), e objetiva trazer os preceitos de segurança e qualidade como pilares inerentes à humanização. “A construção da RAMI nasceu da possibilidade de complementar a antiga rede, incentivar serviços que precisam acontecer, da necessidade de ampliação da onde não existia da rede cegonha”, ressaltou Lana Aguiar.

A oficina foi um momento de troca de informações entre os técnicos do Ministério da Saúde e os gestores e profissionais locais. As características da rede materna e infantil do estado foram apresentadas para discussão das possibilidades de qualificação dos serviços, afim de garantir a integridade do cuidado, de forma segura e humanizada, reduzindo os números de mortalidade materna e infantil no estado.

Para o Secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, “a atenção à saúde começa na atenção primária. Se não tivermos um pré-natal adequado para as gestantes, muitos insucessos poderão ocorrer. Por isso, a valorização à vida deve ocorrer independente de qualquer disputa política. Vamos andar de mãos dadas para fazer com que essa nova rede gere benefícios para quem mais precisa, que é a população”.

O Secretário de Saúde de Natal, George Antunes, reitera que “as ações em prol da vida devem acontecer em conjunto com todos os municípios do estado e de maneira tripartite, com o apoio dos governos estadual e federal. Pois sabemos muitas pessoas gestantes de municípios do interior ainda aguardam atendimento em Natal principalmente no caso da atenção especializada. Precisamos estar em consonância para que vidas sejam salvas”.

Segundo Ricardo Valentim, o projeto “Sífilis Não” é apenas um braço no combate à mortalidade infantil. Outras ações precisam ser pensadas, para acabar com a fragmentação que existe atualmente entre vigilância, atenção básica e especializada: “o primeiro desafio é pensar em uma operação estratégica que traga ações efetivas. Não dá pra discutir redução de mortalidade infantil se não mudarmos a ordem de governança. Por isso a RAMI é tão importante por que vem para integrar essas informações que hoje são fragmentadas”.

Até o momento, as informações sobre os processos de pré-natal realizados na rede pública são fragmentadas, com dados em relatórios de papel onde há uma maior possibilidade de equívocos e perda de dados. O módulo pré-natal, que é a segunda funcionalidade a compor o Sistema Salus, nasce com o objetivo de trazer uma nova experiência no pré-natal, tanto para a gestante quanto para os serviços de saúde, trazendo uma versão digital da caderneta da gestante, além de incluir em um mesmo sistema a possibilidade do gerenciamento da gestação desde o baixo risco até a especializada.