Desde o início da pandemia de covid-19 no Brasil, em março de 2020, muitos setores da sociedade tiveram que se reinventar. Com a educação não foi diferente, exigindo de gestores, professores e estudantes uma adaptação à nova realidade e com a utilização das tecnologias de comunicação como ferramenta. Esses foram alguns pontos debatidos durante a primeira mesa redonda do XVIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância e do VII Congresso Internacional de Educação Superior a Distância, promovido pela UniRede, em parceria, para esta edição, como o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN). O evento, em formato virtual, tem como tema “Tecnologia e Resiliência Social: o que aprendemos com a pandemia”.

Logo na mesa de abertura as novas configurações da educação no Brasil já foram abordadas. O presidente da UniRede, professor Alexandre dos Anjos, foi o primeiro a enfatizar as transformações que foram impostas pela pandemia de coronavírus e o papel das tecnologias na educação. “Essa é uma modalidade que veio para ficar e precisamos debater sobre a necessidade de preparação dos professores e alunos e quais os impactos sociais de todas essas mudanças”, ressaltou.

Também participaram da mesa de abertura, a titular da Secretaria de Educação a Distância (SEDIS/UFRN), professora Carmem Rego; a representante do Governo do Estado do RN, professora Márcia Gurgel. Também participaram da abertura, de forma virtual, o vice-reitor da UFRN, professor Hênio de Miranda e o representante da Capes, Carlos Lanuzza. O diretor executivo do LAIS, professor Ricardo Valentim, deixo uma mensagem pré-gravada já que se encontrava em Brasília, participando, como palestrante, de evento promovido pela Organização Pan-Americana de Saúde.

Logo em seguida à abertura, foi composta da primeira mesa de debates, tendo o tema do evento como norteador para as discussões. Quem abriu os debates foi a professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Eloisa Oliveira. Em sua fala, professora Eloisa enfatizou os conceitos de resiliência social e emocional e a necessidade de transformação e adaptação da educação. A fala seguinte foi do professor Luiz Roberto Liza Curi, membro Conselho Nacional de Educação, também reforçando que o papel do professor ganhou relevância durante o período de isolamento mais rigoroso e que as atividades remotas não podem ser retiradas da educação. “Esse processo de aprendizagem mediada por tecnologia precisa ser fortalecido”.

Ainda participaram do debate, a representante da Organização Mundial de Saúde, Heini Utunen e o ex-ministro da educação, José Henrique Paim. Para Paim, o Brasil enfrenta um momento delicado, onde há uma gestão compartilhada, mas se percebe a ausência do governo federal na tomada de decisões. “É preciso se pensar em 2022. Fazer uma busca ativa do aluno, tanto da educação básica como do ensino superior, e garanti a inclusão total desse aluno. Precisamos democratizar o conhecimento”, finalizou.

O XVIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância e o VII Congresso Internacional de Educação Superior a Distância continuam com uma extensa programação até a próxima sexta-feira.