Por Valéria Credidio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN (ASCOM/LAIS)
Um kit de hidratação direcionado para crianças em estado grave e em condições desfavoráveis para acesso ou um pijama que pode medir a temperatura e a pressão arterial dos pacientes; ou uma escada rolante auto desinfectável. Essas são algumas das inovações tecnológicas direcionadas para a saúde que foram apresentadas durante uma reunião de trabalho entre os pesquisadores de universidades portuguesas e do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN).
Os exemplos, acima citados, foram apresentados pelo professor Pedro Pereira, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, responsável pelas pesquisas. Todos os exemplos já têm patentes aprovadas e podem ser viabilizadas para chegar ao grande público, inclusive, atendendo a demandas de países como o Brasil. No entanto, para que isso se torne realidade, há necessidade de financiamentos.
As discussões fizeram parte do Seminário Internacional de Pesquisa “Aprendizagem ao longo da vida em saúde: desafios e perspectivas”, promovido pela Universidade de Coimbra e pelo LAIS. A abertura foi feita pelo professor Jorge Henrique, do Centro de Informática e Sistemas, da Universidade de Coimbra, falando sobre as pesquisas desenvolvidas na área tecnológica em saúde.
O seminário contou com outros temas, como a “Perspectiva e Desafios da Aprendizagem ao Longo da Vida”, com o presidente eleito do Instituto de Formação Multidisciplinar Humana e Tecnológica (IFHT/UERJ), o professor Carlos Alberto Oliveira. Em sua fala, o pesquisador brasileiro ressaltou a necessidade de uma formação contínua em uma sociedade resiliente, que precisa se adequar as reais necessidades da população. Ressaltou, ainda, os aspectos climáticos, que estão impactando a todos, principalmente, às populações mais vulneráveis. “É necessário se analisar, por exemplo, quanto tempo uma criança pode passar em uma escola climatizada e em outra que não há esse recurso. Tudo isso influencia na perspectiva de aprendizagem e desenvolvimento”, enfatizou.
O tema debatido em seguida contou com o professor Alcindo Ferla, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, falando sobre o Papel da Rede Unida na Formação Humana em Saúde no Brasil. Em sua fala, Alcindo Ferla reforçou a aprendizagem ao longo da vida, em saúde, como um conceito que precisa estar cada vez mais presente. E a aprendizagem por recursos abertos, por meio da educação a distância é uma das principais ferramentas. Como exemplo, o professor citou o trabalho realizado pelo LAIS no contexto dos sistemas prisionais, com pessoas em privação de liberdade. “Nós temos uma necessidade de mudança para solucionar essas situações “, destacou.
A Rede Unida é uma entidade internacional, sediada no Brasil, que articula projetos, instituições e pessoas interessadas na construção coletiva de sistemas de saúde públicos, de acordo com os princípios da universalização, equidade, participação social, respeito à diferença, preservação da natureza, e defesa da democracia.
A mediação do seminário foi feita pelo diretor executivo do LAIS, Ricardo Valentim, que está em missão de cooperação internacional com instituições de Portugal.