Pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) estão na cidade de Boston, nos Estados Unidos. A missão visa desenvolver tecnologias para auxiliar profissionais da atenção básica no diagnóstico da sífilis. A meta do grupo é agilizar o processo de identificação da doença, para assim tornar ainda mais rápido também o tratamento.
O grupo do laboratório que está na cidade americana é liderado pelo pesquisador Pablo Holanda. A expectativa, de acordo com ele, é desenvolver um equipamento que possa fazer o diagnóstico definitivo da sífilis no menor prazo possível.
“Hoje, para ter um diagnóstico definitivo sobre a doença, o resultado demora cerca de 15 dias para ficar pronto. Estamos desenvolvendo um equipamento que vai possibilitar fazer esse mesmo diagnóstico definitivo em apenas 15 minutos. É importante diferenciar este equipamento do teste rápido, que embora já exista e seja eficaz, não dá um resultado definitivo. Para se ter uma ideia, o diagnóstico definitivo da doença demora cerca de 15 dias para ser feito. Com nosso equipamento, a expectativa é que o resultado saia em até 15 minutos”, afirmou o pesquisador.
Nesta segunda-feira (7), os pesquisadores se reuniram com a CEO da startup americana ConquerX, Deborah Zanforlin, onde discutiram ações no sentido de desenvolvimento do equipamento.
Pablo destacou a importância desta tecnologia, que visa atender a atenção primária. “Vamos possibilitar que já na unidade de saúde o paciente possa ter um diagnóstico definitivo e que inicie seu tratamento. Tudo isso com uma solução de baixo custo”, disse.
Sífilis Não
O Projeto de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção – Sífilis Não – é fruto de uma parceria entre o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN), o Ministério da Saúde (por meio do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais/DIAHV), e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
As ações têm como objetivo, entre outros, ampliar o acesso da população ao diagnóstico da sífilis e ao tratamento na rede básica de saúde.