Bruno Cássio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN (ASCOM/LAIS)

O médico da família e comunidade, Ronaldo Zonta, atua como coordenador do Departamento de Gestão da Clínica, da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, capital de Santa Catarina, e já teve estudos citados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele foi um dos palestrantes do 15º Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST). O evento foi encerrado nesta sexta-feira (06), no Rio de Janeiro/RJ. Em sua explanação, o médico destacou o Projeto “Sífilis Não” como uma das quatro experiências exitosas, em nível global, para o enfrentamento à essa IST.

Na apresentação, o também pesquisador enfatizou os bons resultados da iniciativa brasileira em uma lista onde constavam exemplos de Cuba e Caribe, Reino Unido e Espanha. “O Projeto ‘Sífilis Não’, em vários municípios brasileiros, foi o impulsionador da discussão da sífilis na integração dos serviços, da necessidade de ampliar a capacitação; a gente entende como um disparador das ações, em cada município, para o combate a sífilis, trazendo aqui o contexto de Florianópolis”. Ronaldo Zonta integrou o comitê científico do Congresso no eixo que discutiu Políticas Públicas e Integração de Serviços.

Médico Ronaldo Zonta, durante entrevista. Foto: ASCOM/LAIS.

Zonta também reconheceu o papel relevante de uma das plataformas desenvolvidas, no âmbito do “Sífilis Não”, para o monitoramento inteligente dos casos de sífilis. “O Salus é uma ferramenta muito importante, principalmente, nessa comunicação do que a Atenção Primária fez em relação ao cuidado de sífilis em uma gestante, para que essa informação seja mais fluida entre a maternidade e a Atenção Primária, evitando tratar qualquer ruído de comunicação”, concluiu.

Outras ações reconhecidas

Em uma outra sala do Centro de Convenções Expo Mag, Regiane Bastos, biomédica e residente em Infectologia e Neurologia da Universidade Franciscana de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, reconheceu, publicamente, o Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS (AVASUS) como uma grande referência para a formação permanente em saúde, em especial para os que lidam com as Infecções Sexualmente Transmissíveis. “O AVASUS faz parte da minha rotina, desde antes de começar a residência; eu vejo como uma plataforma que, além de incentivar o estudo e o conhecimento na área técnica, ela muda nossa perspectiva quando a gente está tratando os pacientes”, afirmou.

Grupo de residentes da Univerdiade Franciscana de Santa Maria/RS. Foto: ASCOM/LAIS.

Perto dali, uma exposição que misturou história, arte e cultura sobre sífilis chamava a atenção os congressistas. No estande, encontramos o tecnologista do Ministério da Saúde e doutorando em Memória Social pela Unirio, Thiago Petra. Ele lembrou que essa exposição deriva de uma outra, em maior proporção, realizada há 4 anos, como parte das ações do “Sífilis Não”. “Nós fizemos um grande projeto em 2021, partindo do Ministério da Saúde, a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde, e a OPAS que foi a exposição ‘Sífilis – História, Ciência e Arte’, trazendo uma reflexão um pouco diferente do que a gente vê em congressos”.

Thiago Petra guiando o passeio de estudantes do Rio de Janeiro/RJ. Foto: ASCOM/LAIS.

Ainda de acordo com Petra, a exposição fez com que as pessoas refletissem “como a história da sífilis está presente na memória coletiva e como as pessoas foram pensando, tratando, até o ponto de hoje, termos políticas públicas para o combate dessa doença”, concluiu.

Sobre o “Sífilis Não”

O Projeto “Sífilis Não” é uma realização do Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS).