O último dia do I Simpósio Internacional de Integração da Pesquisa no Projeto “Sífilis Não” debateu a importância da comunicação em ciência para o enfrentamento da problemática da doença. O encontro reuniu pesquisadores de sete países e Lisboa, capital de Portugal, e terminou nesta sexta (1º).
A abertura do dia de atividades foi feita pelo professor Mauro Romero Passos, da Universidade Federal Fluminense (UFF), com a palestra “De Girolamo (1530), aos dias atuais (2021),
por que temos que combater a sífilis?”, apresentando um recorte histórico da doença e suas consequências na sociedade ao longo da história. A fala antecedeu a mesa redonda “Eliminação da Sífilis Congênita”, mediada pelo professor Carlos Alberto Oliveira e que teve a participação da coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (CGIST) do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa; da médica infectologista e professora da UFRN, Mônica Bay; da professora Aliete Cunha Oliveira, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra; e do diretor editorial do Grupo Cochrane de Enfermedades de Transmisión Sexual y
Profesor titular del Departamento de Obstetricia y Ginecología Universidad Nacional de Colombia, Hernando Gaitán.
A sequência da programação teve a mesa redonda “Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas – PCDT para IST”, debatendo a importância do protocolo para a execução de ações de tratamento e monitoramento da sífilis no contexto da saúde pública. Além da professora Angélica Espinosa, participaram da discussão Lutigardes Santana e Nádia Machado, pesquisadoras do projeto, e a professora Sheila Balen, do LAIS.
A última mesa do dia teve como tema “Comunicação científica: desafios e perspectivas de devolução dos resultados para a sociedade”, falando sobre a importância de protocolos de comunicação para melhorar o processo informativo aplicado à saúde pública no contexto da sífilis e suas repercussões junto aos seus diversos públicos-alvo. Participaram do debate Nicolás Lorite García, da Universidade Autônoma de Barcelona, Bárbara Backström, da Universidade Aberta de Portugal, José Antonio Jimenez, da Universidade Complutense de Madri, e do padre Bantu Mendonça Sayla, do Instituto Superior Politécnico
Católico de Benguela, em Angola.
Apresentação de artistas potiguares e leitura da carta do Simpósio marcam o encerramento
Após a programação científica do encontro, a atração cultural do dia foi a cantora potiguar Camila Masiso, que se apresentou em um dueto com a também brasileira Nani Medeiros. No palco, a dupla interpretou canções populares do Brasil e de Portugal.
Ao final, o diretor executivo do LAIS, Ricardo Valentim, fez a leitura da carta do simpósio, documento que traz as considerações propostas durante os três dias de simpósio e que visa propor ampliar as ações de pesquisa para enfrentamento da doença em escala global. “Nós deixamos uma marca no Sistema Único de Saúde (SUS) e também no sistema global. Falamos sobre sífilis e da importância de juntos levarmos esta mensagem de que a sífilis é um problema que precisa ser levado à sério”, destacou ele.