Por Valéria Credidio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN (ASCOM/LAIS)

Economia da Saúde, Inovação e Tecnologia para o Desenvolvimento Nacional sob a perspectiva da One Health”. Este é o tema do seminário que reuniu representantes do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), Ministério da Saúde, Universidade de Coimbra, Escola Superior de Enfermagem e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). O seminário ocorreu na manhã desta terça-feira (17), na Universidade de Coimbra, em Portugal.

A abertura das discussões foi feita pelo diretor executivo do LAIS, Ricardo Valentim, ressaltando a importância da cooperação internacional entre instituições brasileiras e portuguesas para o fortalecimento das pesquisas em saúde, e também na área da economia na saúde. O LAIS, em parceria com o Ministério da Saúde e a Universidade de Brasília (UnB), é responsável pelo desenvolvimento do projeto Economia da Saúde na perspectiva das políticas públicas, com o propósito de pensar a relação custo-efetividade dos investimentos, o nível de resiliência e o retorno social e econômico para o Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS) e para o país. Ao Laboratório da UFRN está a responsabilidade pela produção dos recursos educacionais abertos, mediados por tecnologias, que estarão à disposição dos profissionais da saúde, voltados para a formação específica. “Sempre que se fala em economia se pensa em corte de gastos e na saúde se acredita que a única saída é a diminuição de recursos. Estamos construindo estratégias de formação para ampliar os conhecimentos na área, por exemplo, de dados e estatística para que o profissional da saúde possa trabalhar com outra visão nesta área. Não há uma formação nesta área”, explicou Valentim.

Logo em seguida, Érika Aragão, Diretora do Departamento de Economia e Desenvolvimento em Saúde, do Ministério da Saúde, falou sobre a importância das políticas públicas que impactam diretamente a qualidade de vida das pessoas e que também têm um papel importante no desenvolvimento da economia do país. Como exemplo, Aragão citou o programa “Farmácia Popular”, que, de acordo com levantamentos realizados, tem uma influência significativa na redução de internações e mortalidade. “A Economia da saúde é fundamental para implementar saúde de qualidade para todos. E há fatores como segurança, meio ambiente e sociais que influenciam nesse contexto. Por isso a necessidade de se pensar em saúde de forma mais ampla”. A diretora do Ministério da Saúde lembrou, ainda, dos incêndios que estão ocorrendo em diversas partes do Brasil, e que há uma expectativa de aumento nas internações, como o agravamento de doenças respiratórias. “O impacto é direto no sistema de saúde”.

Universidade de Coimbra
Para as discussões e apresentações de suas produções científicas, a Universidade de Coimbra esteve representada pelos professores Oscar Lourenço e Vítor Raposo, do Center for Business and Economics Research (CeBER/UC), além do professor Jorge Henriques , do Centro de Informática e Sistemas (CISUC/UC). A Escola Superior de Enfermagem também esteve representada pelos professores professores Aliete Cunha, João Apóstolo e Pedro Parreira, todos da Escola Superior de Enfermagem.

Em todas as suas falas, os professores portugueses explanaram suas produções e os trabalhos já desenvolvidos em cooperação com pesquisadores do LAIS, como por exemplo, na Escola de Enfermagem, onde a professora Aliete vem coordenando a produção de diversas investigação sobre doenças sexualmente transmissíveis, sexualidade e saúde pública, no âmbito da inovação clínica e pedagógica.

O Professor Pedro Parreira citou algumas das inovações criadas e que já estão à disposição, como a palmilha ortopédica, voltada para a diminuição dos casos de “pé diabético” que provoca, em grande parte dos casos, a amputação do membro. Parreira também apresentou o projeto de robotizar o transporte de medicamentos, no Centro Hospitalar de Coimbra, de forma segura e sustentável. “Hoje precisa-se deslocar um profissional e recursos humanos, em Portugal, é escasso. Mas o projeto ainda está em avaliação para ver a viabilidade”, finalizou.

Rede Ecos
Durante o evento, Érika Aragão apresentou a Rede de Economia e Desenvolvimento em Saúde (ECOS), rede de cooperação técnica que tem como principais vertentes o apoio à implementação de políticas públicas em Economia da Saúde, a produção e disseminação da informação e o fomento à formação de técnicos e gestores do SUS. A Rede Ecos é gerida pela Coordenação de Ações Estruturantes em Economia da Saúde da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, do Ministério da Saúde (Caesa/Sectics/MS).

A ideia é expandir a Rede Ecos para países lusófonos, como Portugal, proporcionando o fortalecimento e a qualidade da saúde pública. “O LAIS tem muita habilidade em formar e gerir redes e por isso estamos, em parceria, convidando as instituições para se integrarem à Rede ECOS, que é liderada pelo Ministério da Saúde no Brasil”, ressaltou.

 

Quem participou do Seminário:

LAIS

Ricardo Valentim

Karilany Coutinho

Juciano Lacerda

Manoel Romão

Thaisa Lima

Andréa Pinheiro

Kaline Sampaio

 

Ministério da Saúde

Erika Aragão – diretora do Dep. de Economia e Desenvolvimento em Saúde

Luciana Leão

 

UERJ – Centro de Estudos Interdisciplinares 

Angela Mendes

 

Escola Superior de Enfermagem

Aliete Cunha

João Apóstolo

Pedro Parreira

 

Center for Business and Economics Research (CeBER/UC)

Oscar Lourenço

Vitor Raposo

 

Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra

Jorge Henriques

Alberto Cardoso

César Teixeira