Em mais uma ação direcionada para o enfrentamento da pandemia da Covid-19, o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS ) vem produzindo máscaras de proteção facial, para uso das equipes médicas que lidam diretamente com pacientes infectados pelo coronavírus. A produção vem sendo feita em parceria com a Void 3D, uma startup potiguar incubada no Instituto Metrópole Digital (IMD). A entrega dos esquipamentos aconteceu nesta segunda-feira (30).

De acordo com o pesquisador Danilo Nagem, que está comandando essa parceria, o LAIS cedeu equipamentos e insumos para a produção dos equipamentos, que serão entregues ao Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Ao todo serão 60 máscaras que serão entregues já na próxima semana.

De acordo com o pesquisador, a produção já fazia parte do planejamento do LAIS, mas surgiu a oportunidade de unir forças com a Void 3D. “Acreditamos que unindo as forças, poderemos obter um resultado ainda melhor para todo a sociedade, no enfrentamento da pandemia”, afirmou professor Danilo Nagem, que também é Chefe do Departamento de Engenharia Biomédica e Coordenador do Laboratório de Tecnologias Assistivas do LAIS.

Com a entrada do LAIS, houve um aumento de 30% na produção que foi direcionada principalmente para o auxilio aos Hospitais universitários, mas que também será direciona a outros centros de saúde, de acordo com a Void 3D. Com isso, a necessidade de equipamentos para os hospitais universitários começa a ser suprida, uma vez que essas unidades não estão com falta do equipamento. “Precisamos preservar a saúde dos profissionais que estão fazendo o atendimento aos pacientes, com um equipamento de qualidade. E o LAIS tem expertise em prototipagem de materiais. Estamos utilizando essa característica em prol do enfrentamento da pandemia”, afirmou professor Ricardo Valentim, coordenador do LAIS.

Para o superintendente do HUOL, Stênio Gomes da Silveira, a entrega reforça a segurança dos profissionais de saúde que atuam na unidade. “É importante a entrega das máscaras porque o HUOL é um hospital de atendimentos de alta complexidade, onde acontecem muitos procedimentos invasivos, com contatos quase que diretos com os pacientes. Nós temos anestesiologistas que trabalham muito próximos do rostos dos pacientes, ou seja, inúmeros procedimentos que exigem o contato direto do paciente o profissional. E numa circunstância como essa, gradualmente findamos por perder equipe em virtude dessa pandemia. Essa proteção facial passa a ser um elemento muito importante para manter a integridade da equipe que está trabalhando no hospital.”

Sobre o equipamento
A máscara de proteção facial é uma barreira física transparente que impede que gotículas infecciosas que são arremessadas ao falar, tossir ou espirrar, por exemplo, possam vir a contaminar o profissional de saúde.
Segundo Jane Dantas, Jane Dantas, enfermeira da Divisão de gestão de pessoas e setor de gestão da pesquisa e inovação tecnológica do HUOL, os profissionais de saúde devem usar a máscara de proteção facial quando em contato com pacientes com Covid-19 confirmado ou suspeito, pois oferecem uma melhor cobertura do rosto, protegendo os olhos, o nariz e a boca de gotículas infecciosas, reduzindo assim a possibilidade de transmissão do novo coronavírus do paciente para o profissional de saúde.

A enfermeira ressaltou ainda que se o profissional de saúde for realizar algum procedimento com geração de aerossol em um paciente com Covid-19 confirmado ou suspeito, uma máscara N95 deve ser usada junto com a máscara de proteção facial. “Um benefício adicional é o de impedir que o profissional toque seu rosto, e com isso leve o vírus que possa estar em suas mãos para próximo de suas vias aéreas”, finalizou Jane Dantas.