Por Valéria Credidio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN (ASCOM/LAIS)
O Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) é o mais recente integrante do Grupo de Trabalho sobre Saúde Indígena, coordenado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) da Justiça Federal do Rio Grande do Norte (JFRN). A decisão foi tomada durante reunião entre a comitiva do LAIS e a juíza federal, Gisele Araújo Leite, ocorrida na manhã da última sexta-feira, dia 5.
A pauta principal da reunião girou em torno de uma determinação judicial que prevê o planejamento e execução de atividades direcionadas para o treinamento para os profissionais de saúde de modo a capacitá-los à prestação de serviços de atenção básica de saúde especializada para os indígenas locais. Todo o trabalho é coordenador CEJUSC/JFRN, e inclui atores públicos e sociais como o Ministério Público Federal, SESAI/MS, FUNAI, lideranças e organizações indígenas do Rio Grande do Norte e Paraíba.
A meta do Grupo de Trabalho sobre Saúde Indígena é qualificar os profissionais de saúde dos municípios do RN que serão sedes de polos-bases do DSEI Potiguara, como também aqueles que atuam em Natal e Mossoró, no atendimento da população indígena venezuelana Warao e da comunidade Mendonça em Natal.
Aos pesquisadores do LAIS foi apresentado o desafio de contribuir com uma trilha formativa especializada de educação permanente em saúde indígena para capacitar os profissionais de saúde da rede de atenção do estado, com a participação de representantes das comunidades indígenas do RN. A proposta de trilha formativa deverá ser apresentada no próximo mês, durante evento promovido pelo Grupo de Trabalho.
E os desafios são grandes. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Norte tem 11.725 pessoas dos povos indígenas e um de seus principais desafios de realizar o atendimento especializado aos indígenas também nos níveis da assistência especializada e de alta complexidade, em 18 municípios do RN, entre eles Natal, Mossoró, João Câmara, Canguaretama, Macaíba, Goianinha, Baía Formosa, Ceará-Mirim, Apodi, São Gonçalo do Amarante.
Para o Prof. Ricardo Valentim, diretor Executivo do LAIS/UFRN, o convite do CEJUSC/JFRN a integrar o GT de Saúde Indígena, fortalece as ações de atenção à saúde indígena, através da formação permanente no AVASUS, já em execução pela equipe do LAIS e são estratégicas para a equidade da oferta dos serviços de saúde no RN, mas também atendem em escala nacional a demanda solicitada pela Secretaria de Atenção Primária em Saúde (SAPS) do Ministério da Saúde, focada na educação permanente em saúde indígena.