Por Valéria Credidio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN (ASCOM/LAIS)
O desenvolvimento de soluções para o desenvolvimento do complexo econômico industrial da saúde utilizando a inteligência artificial como principal ferramenta. Esse o principal ponto da cooperação internacional firmada entre a École Centrale d´Électronique de Paris (ECE-Paris) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por meio do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e do Departamento de Engenharia Biomédica. A cooperação foi assinada em Paris, com a presença de uma comitiva de pesquisadores brasileiros chefiada pelo diretor executivo do LAIS, Ricardo Valentim e da diretora do laboratório Lyrids e de pesquisa da ECE, professora Assia Soukane, além dos professores Guilherme Medeiros Machado e Askash Soni, brasileiro e indiano radicados na França.
A cooperação internacional entre as duas instituições de ensino e pesquisa vai envolver estudantes de engenharia, de graduação, e de pós-graduação de ambas as universidades que poderão cooperar, trocar experiência para o desenvolvimento de inteligência artificial, de tecnologias para a área de saúde visando o fortalecimento essencialmente do complexo econômico industrial da saúde no Brasil.
A importância de estudos nesta área pode ser retratada em números. Atualmente, os investimentos em saúde representam 10% do PIB no Brasil. Além das questões financeiras, há pontos fundamentais que estão sendo levados em conta para a construção da política em economia da saúde. Entre eles, a garantia da soberania da nação, com saúde, educação e ciência e tecnologia; redução da vulnerabilidade do SUS; fortalecimento da indústria; desenvolvimento regional e territorial; empregos em grande escala; combate à fome e à miséria, e o fato de ser esta, uma área estratégica de conhecimento da revolução 4.0.
Para o professor Guilherme Machado, o desenvolvimento de pesquisas é uma das chaves para o estreitamento das relações entre a França e o Brasil, principalmente nas áreas de educação e de tecnologia aplicada à saúde. “Vamos desenvolver projetos e compartilhar tecnologia de um país como a França, que tem um sistema de saúde bem desenvolvido, assim como o Brasil também. Essa colaboração vai ser bem frutífera além de várias perspectivas de colaboração”, enfatizou Machado.
Essa nova cooperação se torna estratégica para o desenvolvimento de ambos os países. De acordo com Ricardo Valentim, no caso específico do Brasil, o desenvolvimento de pesquisas sobre sistemas de saúde é uma importante agenda do governo brasileiro, voltada para a questão da inteligência artificial. Para o diretor do LAIS, a cooperação propiciará um processo não endógeno de desenvolvimento de pesquisa, com o compartilhamento de experiências com a França que também tem universidades, centros de tecnologia como a Escola de Engenharia aqui de Paris que é uma referência. “Tenho certeza que a cooperação vai agregar valor para ambas as nações, havendo integração na formação de cientistas, engenheiros que poderão atuar nessa área de fronteira que é o uso da inteligência artificial para o fortalecimento desses sistemas, para o fortalecimento principalmente do complexo econômico industrial da saúde no Brasil, numa perspectiva de sustentabilidade olhando também para os objetivos de desenvolvimento sustentável”, finalizou.
A comitiva brasileira ainda contou com a participação das pesquisadoras Thaisa Lima e Kaline Sampaio.