Por Bruno Cássio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN
Gestores da saúde de três cidades do Rio Grande do Norte participaram, na manhã desta quinta-feira (29), da entrega simbólica de três kits, contendo 1 TV de 65 polegadas e 10 computadores, que vão auxiliar no enfrentamento à sífilis nesses municípios. Essa iniciativa faz parte do processo de implantação do Sistema Salus que realiza o monitoramento inteligente dos casos dessa IST, com atenção redobrada para os registros de sífilis congênita, e integra o Projeto “Sífilis Não”.
Os municípios beneficiados foram São José de Mipibu/RN, Mossoró/RN e Extremoz/RN. De acordo com Jefferson Oliveira, secretário de Saúde de São José de Mipibu/RN, em média, são registrados por ano, 5 casos sífilis congênita. Ele considera que esse número pode não traduzir a realidade e confia na mudança desse quadro: “esse monitoramento em tempo real vai ajudar não só a diminuir, mas, futuramente, quem sabe, zerar a transmissão vertical da sífilis”.
A secretária de Saúde de Mossoró/RN, Morgana Dantas, conta que a plataforma Salus já está funcionando em unidades básicas mossoroenses. “Com esses equipamentos e as novas informações, temos muito a acrescentar ao município e, principalmente, aos pacientes que, assim, terão uma informação melhor do que de fato é sífilis congênita ou não”, analisou a gestora municipal. Em Extremoz, na grande Natal, o sistema ainda não foi implantado, mas já existe uma grande expectativa para isso.
Segundo Maria de Jesus de Oliveira, secretária de Saúde de Extremoz/RN, o município não possui, atualmente, um dado fechado sobre a incidência de sífilis congênita, pois existem casos em investigação e muitas mulheres, que moram no município, preferem fazer o acompanhamento da gestação em Natal. Ela confia no potencial dessa nova ferramenta: “é um avanço muito grande, poder monitorar e saber os dados reais e concretos de pessoas que estão sendo acometidas pela sífilis”.
De acordo com o diretor executivo do LAIS/UFRN, Ricardo Valentim, essa é “uma ação de estruturação para integração da Vigilância e da Atenção em saúde e, a partir dela, incorporar uma tecnologia mais moderna para o enfrentamento da sífilis e qualificar melhor a questão pré-natal”. Agora, a equipe do LAIS/UFRN agendará as entregas dos equipamentos nesses lugares e naqueles onde a plataforma ainda não estiver em operação, será ministrada uma oficina para iniciar esse trabalho.