Bruno Cássio – Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN

 O Projeto “Sífilis Não”, executado pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), deu suporte à certificação para a eliminação da transmissão do HIV e da sífilis em cidades espalhadas por vários estados do Brasil. O resultado desse trabalho foi conhecido durante a solenidade de entrega dessa premiação, realizada nesta quarta-feira (07), na Fiocruz, em Brasília/DF.

Ao todo, 43 municípios tiveram seus bons desempenhos reconhecidos seja pela eliminação ou pelas boas práticas rumo à eliminação da transmissão vertical do HIV ou da sífilis com selos nas categorias ouro, prata e bronze. Em sua fala, o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI/MS), Gerson Pereira, reconheceu a contribuição do LAIS/UFRN: “o Laboratório, por meio do ‘Sífilis Não’, teve um papel importante ao apoiar esse processo de certificação nos municípios brasileiros, colaborando com a avaliação das cidades que se candidataram”.

Araçatuba, no interior de São Paulo, foi um dos municípios que conquistaram o selo bronze, por boas práticas na eliminação da transmissão vertical da sífilis. A secretária municipal de Saúde da cidade paulista, Carmem Guariente, lembrou a recente implantação da plataforma Salus, desenvolvida pelo LAIS/UFRN, para o monitoramento inteligente dos casos de sífilis: “essa tecnologia contribuiu para a melhoria da tomada de decisões, por parte da gestão, na hora de definir estratégias para a integração entre Vigilância e Atenção Básica”.

Para Angélica Espinosa Miranda, coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (CGIST/MS), esse é um trabalho coletivo que reuniu municípios, estados e o Governo Federal. Ainda de acordo com Angélica Miranda, “há muito a ser feito, mas ver os bons resultados alcançados até aqui, já nos dá muita esperança de que toda essa união pode ser mantida para alcançar a eliminação da transmissão vertical, tanto da sífilis, como do HIV”.

O diretor executivo do LAIS/UFRN, Ricardo Valentim, encerrou a programação, agradecendo a parceria com todos os órgãos de saúde e falando sobre a trajetória do Projeto “Sífilis Não” e demais iniciativas produzidas pelo Laboratório. Um dos pontos destacados por Valentim, é a necessidade urgente de se integrar os sistemas de informação usados no SUS: “não quero aqui dizer que a plataforma Salus, seja a plataforma oficial para auxiliar nesse processo de certificação, mas considero que é uma importante ferramenta que tem de ser observada, já é desenvolvida com total apoio do Ministério da Saúde e aplicada em diversos lugares do Brasil”.

Segundo o Ministério da Saúde, a certificação é uma estratégia da pasta em parceria com estados e municípios para fortalecer a gestão e a rede de atenção do Sistema Único de Saúde, aprimorando ações de prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento das gestantes, parcerias sexuais e crianças, além da qualificação da Vigilância Epidemiológica.