Por Valéria Credidio- Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN
Mais de mil cidades brasileiras de 14 estados, de todas as regiões do país e do Distrito Federal, já contam com o Sistema para Monitoramento Inteligente de Agravos na Atenção Básica e na Vigilância Epidemiológica (Salus 2.0) em pleno funcionamento. Ao todo, cerca de dois mil profissionais, atuantes na Atenção Básica, na Vigilância em Saúde e na Gestão da Saúde Pública, foram capacitados para trabalhar com o sistema. Com esse trabalho, mais de 63 milhões de pessoas estão sendo beneficiadas em todo o país.
O Salus 2.0 é mais um produto do projeto “Sífilis Não”, uma parceria do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Sua principal função é realizar o monitoramento inteligente de agravos na Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica centrada na experiência do cidadão e dos profissionais de saúde.
Cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Pará e Roraima, Goiás e Brasília, no Distrito Federal, já estão com o sistema em funcionamento. De acordo com o diretor executivo do LAIS, Ricardo Valentim: “por meio da plataforma é possível fazer a mediação e melhor gestão dos casos de sífilis no município, de modo a auxiliar também na eliminação da transmissão vertical do agravo”.
As adesões registradas, em sua maioria, por secretarias municipais de Saúde, também estão ocorrendo por meio das gestões estaduais, como nos casos das secretarias de Saúde de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Cataria e Pará que já aderiram ao Salus, garantindo o funcionamento da plataforma como ferramenta de monitoramento dos casos de sífilis. O estado do Pará se destaca por manifestar o interesse de implementar o sistema em todos os seus 144 municípios.
Recentemente, a plataforma Salus foi destaque durante a reunião do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems/SP). Durante as discussões, o Salus foi apresentado pela vice-presidente da entidade, Carmem Guariente, a qual também é secretária de saúde da cidade de Araçatuba/SP, que já tem o sistema instalado. Em sua fala, a gestora se referiu à plataforma construída pelo LAIS/UFRN como “uma referência nacional para realizar a vigilância dos casos da sífilis e outras IST”.