Nos próximos meses, todos os estados brasileiros receberão o laboratório Sentinela, mais uma ferramenta efetiva do Projeto “Sífilis Não”. O Sentinela é composto por diversos equipamentos, necessários para o melhor diagnóstico da sífilis e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). A primeira entrega já ocorreu, no Rio Grande do Norte, beneficiando o Hospital Giselda Trigueiro, referência em todo o estado para o tratamento de IST.
Composto por dois microscópios óticos e equipamentos de biologia molecular, as novas ferramentas são utilizadas para a realização de exames PCR e PCR real time, uma técnica de Biologia Molecular que permite replicação in vitro do DNA de forma extremamente rápida.
De acordo com a médica infectologista e pesquisadora do Projeto “Sífilis Não”, Mônica Bay, os equipamentos auxiliam no diagnóstico de Infecções Sexualmente Transmissíveis, tanto para os pacientes do Giselda Trigueiro como no ambulatório do Instituto de Medicina Tropical, mas também potencializam as pesquisas desenvolvidas relacionadas à sífilis e outras IST. “Os novos equipamentos agilizam o diagnóstico, o que nos proporciona melhores resultados. Temos um volume significativo de pacientes que serão beneficiados com o rastreamento que será feito para todas as IST”, argumentou a pesquisadora.
Projeto Sífilis Não
Lançado em 2017, o Projeto de Pesquisa Aplicada para Integração Inteligente Orientada ao Fortalecimento das Redes de Atenção para Resposta Rápida à Sífilis – também conhecido como Projeto “Sífilis Não” – é resultado de uma parceria entre Ministério da Saúde, o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e a Organização Pan Americana de Saúde (OPAS). O principal objetivo do projeto é contribuir, juntamente com outras ações (federais, estaduais e municipais), para o enfrentamento à infecção de sífilis no território brasileiro. Para tanto, o Projeto está estruturado em quatro eixos: vigilância, gestão e governança, cuidado integral e educomunicação.