Por Valéria Credidio – Assessoria de Comunicação LAIS
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Rio Grande do Norte vacinou pouco mais de 12% das crianças até cinco anos contra a poliomielite. A informação é do RN Mais Vacina, plataforma criada pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e que permite fazer o gerenciamento de todo o processo de imunização.

O período de vacinação, em todo o Brasil, deve se estender até o próximo dia 9 de setembro. No entanto, os percentuais ainda estão muito abaixo do esperado, colocando o Rio Grande do Norte em 21º dentre os 27 estados no ranking nacional de cobertura na vacinação contra poliomielite.

A baixa procura pela vacina representa um risco para a população brasileira. De acordo com levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apesar da gravidade das sequelas provocadas pela pólio, o Brasil não cumpre desde 2015 a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde de 95% do público-alvo vacinado, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença. Em 2021, o percentual de crianças vacinadas chegou a 67%, com as três doses iniciais, que são ministradas durante o primeiro ano de vida. Esse percentual é ainda menor quando se trata da dose de reforço, não ultrapassando os 52%.

RN Mais Vacina
No Rio Grande do Norte, a plataforma RN Mais Vacina auxilia no gerenciamento de todo o processo de imunização da população-alvo. Segundo os mesmos parâmetros já utilizados na vacinação da covid-19, com a plataforma poderá ser feito o controle de destoque de cada localidade, dos quantitativos distribuídos, além de haver um controle do processo de imunização.

O RN Mais Vacina é a plataforma criada pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) que permite o rastreio da vacina, desde seu recebimento na Central Estadual de Rede de Frio até aplicação na sala de vacina em uma interface web intuitiva e acessível. Possui o cruzamento de dados que identifica incidentes, gera alertas e relatórios inteligentes centrados na experiência do cidadão e profissional da saúde.

Para que todo o processo seja acompanhado, é necessário que as crianças até os quatro anos, idade que forma o público-alvo da campanha, estejam cadastradas na plataforma na categoria de dependente. O cadastro precisa ser feito pelos pais ou responsáveis legais da criança. Mas atenção: é necessário haver o cadastro do adulto responsável para que a criança seja inserida no sistema.

Conforme levantamento realizado na própria plataforma, menos de 50% do público da campanha estão cadastrados no RN Mais Vacina. “Com o cadastramento, os gestores da saúde terão as informações necessárias para planejar e gerenciar o processo de imunização das crianças, em todo o estado”, argumentou o diretor executivo do LAIS, Ricardo Valentim.