Olá! Tudo bem? Eu sou a Dra. Cláudia, nutricionista clínica, especialista em ELA, e hoje eu vou conversar com você sobre as dietas modificadas para pacientes com ELA que tenham disfagia.
Disfagia significa dificuldade de deglutição. Em outras palavras, disfagia é a dificuldade de mastigar e engolir o alimento. Essa é uma situação comum nos pacientes com ELA, ocorrendo em cerca de 70 a 80% dos casos.
Deglutição Normal (Bolo alimentar coeso seguindo trajeto normal)
Disfagia (Partes de alimentos podem cair nas vias respiratórias)
– Engasgos – Tosses – Cansaço ao mastigar – Demora para engolir – Escape de alimentos e líquidos pela boca – Acúmulo de resíduos alimentares na boca – Receio em se alimentar – Perda de peso e desnutrição
– Perda de peso – Desnutrição – Risco de asfixia – Broncoaspiração – Pneumonia aspirativa
O principal cuidado nutricional na disfagia é orientar a modificação da consistência da dieta. A dieta via oral pode ser classificada quanto à consistência em 5 tipos.
De forma geral, as dietas pastosas são mais seguras para os pacientes disfágicos com ELA.
O Fonoaudiólogo é o profissional com competência para indicar a consistência da dieta para uma alimentação mais segura.
A dieta pastosa é composta por alimentos cozidos, macios, moídos, desfiados, cortados e/ou amassados) que requerem pouca mastigação. Exemplos: carnes macias cozidas desfiadas, moídas, ou na forma de purê; verduras, legumes cozidos cortados, amassados ou na forma de purês; pães e biscoitos macios, frutas sem casca e macias.
A dieta pastosa tem uma subclassificação chamada dieta pastosa homogênea, onde os alimentos devem ser liquidificados, amassados ou peneirados, formando preparações homogêneas e espessas.
Algumas vezes é necessário o uso de espessantes comerciais para espessamento dos líquidos (água, chá, café e sucos), garantindo maior segurança ao paciente com disfagia.
Espero que tenham gostado e relembrado o conteúdo anteriormente estudado!